O governo está realizando um planejamento para a situação de emergência e segurança física e nuclear na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende/RJ, iniciado nesta terça-feira (24/09) que termina amanhã (26/09). Nas instalações em Resende a INB realiza o enriquecimento de urânio por ultracentrífugas, desenvolvidos secretamente no Centro Tecnológico da Marinha, em Aramar, São Paulo, na década de 80, transferido anos depois para a INB. O Urânio enriquecido a cerca de 4% serve de combustível para alimentar reatores de usina nucleares, e armas atômicas, a 90%, neste segundo caso, o que não é permitido no Brasil.
Informações da INB dão conta de que as atividades envolvendo o trabalho iniciado ontem estão a cargo do Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência no Município de Resende (Copren/RES) para a realização de um Exercício Geral. As atividades previstas serão limitadas ao interior da FCN envolverão as seguintes instituições:
Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), Polícia Federal (PF), Ministério da Defesa (MD), Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O evento é bianual e supervisionado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Órgão Central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron).
SEGURANÇA CIBERNÉTICA -
A INB, por meio da Gerência de Tecnologia da Informação, participou do treinamento em Fundamentos de Segurança Cibernética para Segurança Nuclear, em Viena, Áustria, no mês passado. O treinamento aconteceu na sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e reuniu 20 especialistas de diversos países, com o objetivo de debater a proteção dos sistemas nucleares contra ameaças cibernéticas. Pela INB participou o gestor de Segurança da Informação, Fernando Akira Mogami. Segundo a empresa, a realização do treinamento, totalmente custeado pela AIEA, “reflete o compromisso da Agência em fortalecer a segurança cibernética no setor nuclear, contribuindo para a proteção global contra ameaças cada vez mais sofisticadas e garantindo a segurança das instalações nucleares ao redor do mundo.
(FOTOS: INB FCN - Segunda foto: ARAMAR - Marinha)
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