terça-feira, 27 de setembro de 2022

Racismo e transfobia provocam indignação nas Indústrias Nucleares do Brasil em Resende

 

O vice-presidente do Sindicato dos Mineradores de Brumado e Microrregião, Lucas Mendonça, acaba de formalizar denúncia de racismo e transfobia contra uma chefia da Gerência de Comunicação Institucional da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), junto à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADIP) e ao Ministério Público do Rio de Janeiro.  “Negro e veado” traria “vergonha à empresa” foi a justificativa da funcionária para tentar adiar a contratação do profissional aprovado em concurso público. 

A denúncia havia sido feita há cerca de 15 dias por funcionários que presenciaram as ofensas, inclusive negros, à Ouvidoria e ao Conselho de Ética, além da diretoria de finanças e administração, mas foi em vão.  Houve prevaricação, afirma Mendonça. Até o momento, segundo ele, o crime de racismo e transfobia vinha sendo mantido em sigilo pela empresa, mas já se tornou público entre os empregados que estão indignados. 

O caso ocorreu dentro da Unidade da INB, em Resende, na Rodovia Presidente Dutra KM 330 – em Engenheiro Passos. Funcionários de Resende também registraram denúncia hoje na Delegacia de Polícia Local. Em Resende, a INB tem instalações de Enriquecimento de Urânio e de produção de elementos combustíveis para as usinas nucleares. 

A convocação do analista de comunicação está em andamento. “O candidato havia feito contato com a empresa, visto que quando fez o concurso se inscreveu como gênero feminino e agora adotava o nome social de gênero masculino, sendo, portanto, transgênero”, informa a denúncia. A INB não se pronunciou.   

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6 comentários:

  1. São coisas que estão acontecendo por terem aberto as portas dos armários onde se escondiam os canalhas. O canalha que está na presidência do desgoverno do nosso país é o responsável, pois foi ele que abriu as portas dos armários

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  2. Excelente trabalho de Tania Malheiros, que mais uma vez se notabiliza em trazer os meandros do setor nuclear, sempre envolvido em situações nebulosas.

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  3. Quem está indignado? Não vi essa revolta lá não.

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  4. Até quando vamos testemunhar essas atitudes de apagamento de pessoas que não se "encaixam" em um pseudoesteriótipo que se quer hegemônico. Parabéns pela matéria e pela coragem da denuncia.

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  5. Dentro dessa empresa é muito comum a prática de diversos tipos de preconceito... assédio é por aí vai....

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