A usina Nuclear Angra I, em
Angra dos Reis (RJ), está sendo preparada para ter vida útil prolongada por
mais 20 anos. A empresa norte-americana
Westinghouse, que vendeu a usina para o Brasil em 1970, foi contratada para participar
do trabalho de avaliação, que deve durar até 2019. Há cerca de duas décadas, a
projeção era de que a unidade atômica funcionaria até 2018. Nos últimos cinco anos foram investidos US$ 27
milhões na modernização do empreendimento, segundo a Eletronuclear, responsável
pelas usinas nucleares.
Como parte desse programa, estão
sendo realizadas várias substituições. Foram trocados os dois geradores de
vapor e a tampa do vaso de pressão do reator, além do armazenamento da antiga.
A tampa do vaso de pressão do reator e um mecanismo de inserção e extração das
barras de controle foram fabricados pela empresa japonesa Mitsubishi Heavy
Industries (MHI), que contratou a norte-americana Aquilex WSI Nuclear Services
para realizar os serviços de troca, e a canadense Transco Plastic Industries,
para fornecer o novo isolamento térmico.
A empresa admite que precisará
buscar recursos adicionais para viabilizar a extensão de vida de Angra 1, capaz
de produzir 640 MW, quando funciona 100% sincronizada ao sistema elétrico. Angra
I funciona comercialmente desde 1985. A atual licença de operação da unidade
expira em 2024.
A Eletronuclear garante que a
instalação é uma das mais seguras do mundo e destaca a sua performance: em
2016, produziu 5,1 milhões de MWh, “a melhor geração da sua história”. No ano
passado, gerou 4,2 milhões de MWh, “uma de suas melhores marcas, a despeito de
ter ficado parada por quase 60 dias, entre agosto e outubro de 2017, por conta
da troca dos seus transformadores principais, durante a parada para
reabastecimento”. A usina já parou 23 vezes para a troca de combustível (urânio
enriquecido). A próxima parada está prevista para outubro.