quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Eletronuclear confirma empréstimo junto ao Santander para Angra 1 ter mais 20 anos de vida útil.

 


A Eletronuclear confirmou há pouco que recebeu a primeira liberação de recursos, no valor de USD 12.998.909,49, do financiamento internacional obtido junto ao Santander para o Programa de Extensão da Vida Útil de Angra 1. A operação tem garantia do US Exim Bank e contragarantia da Eletrobras. O valor total do financiamento contratado é USD 22.262.331,00. Na sequência, está sendo discutida a concessão de um empréstimo de longo prazo, no valor estimado de USD 430 milhões, voltado aos projetos que serão implementados no âmbito do programa, envolvendo os fornecedores Westinghouse, Holtec e Siemens. 

Segundo a companhia, o montante que está sendo liberado a partir de agora vai reembolsar gastos já realizados pela empresa no âmbito do Engineering Multiplier Program (EMP), que engloba estudos de viabilidade e serviços de pré-engenharia, design e meio ambiente. A amortização dos valores já liberados será feita em 10 parcelas semestrais iguais na modalidade SAC (Sistema de Amortização Constante). A taxa de juros aplicada neste contrato é o índice de referência "TERM SOFR" de seis meses, que substituiu o LIBOR, com um spread de 1,05% ao ano. 

 “Essa operação representa um passo decisivo na consolidação do relacionamento da companhia com o US Exim Bank, marcando o retorno da agência multilateral do governo norte-americano à concessão de financiamentos a projetos na área nuclear”, informou a Eletronuclear. 

MAIS 20 ANOS DE VIDA - 

As usinas nucleares Angra 1 e Angra 2 foram licenciadas para operar por 40 anos, conforme padrão mundial, sendo que Angra 1 entrou em operação em 1985. O objetivo da Eletronuclear é estender a operação de Angra 1 por mais 20 anos – “prática comum nas plantas do mundo todo”, segundo a empresa. O Programa de Extensão de Vida útil da unidade, visa a operação da central atômica até 2044. Angra 1 foi desligada no dia 13 de agosto para a troca de combustível (urânio enriquecido). A parada é programada. A companhia informa que além da substituição de um terço do combustível usado, também estão sendo realizadas inspeções periódicas, incluindo levantamentos de campo e verificações relativas à extensão de vida útil da planta.  

Em dezembro de 2023, a Eletronuclear precisará submeter à Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), órgão regulador e fiscalizador do setor nuclear brasileiro, a 3ª Reavaliação Periódica de Segurança (RPS) de Angra 1 – principal marco do processo de licenciamento para a operação de longo prazo da usina.  

FOTO: Angra 1 – Eletronuclear – 

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Um comentário:

  1. 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽 Feliz dos leitores que seguem uma jornalista com fontes que estão onde nascem as notícias, daí o privilégio de ter acesso a furos como este.

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