quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Brasil e Rússia são parceiros na Medicina Nuclear

 


A parceria entre o Brasil e a Rússia envolve uma das mais importantes áreas da saúde: a Medicina Nuclear. A Rússia é hoje um dos mais fortes fornecedores de radioisótopos (matéria prima) para a produção de radiofármacos (medicamentos com radiação para diagnosticar e combater o câncer) à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), através do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.  

Com a guerra Rússia e Ucrânia, não há ainda informações se o fornecimento russo será afetado, fazendo com que o Brasil incremente a importação de radioisótopos à África do Sul e Holanda, outros parceiros relevantes. A produção do radiofármaco é de responsabilidade do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) da CNEN. 

“O fornecimento de produtos isotópicos para as necessidades da medicina nuclear brasileira, continua a ser a principal área de cooperação entre nossos países no setor nuclear”, afirmou Ivan Dybov, presidente da Rosatom, (uma das maiores empresas russas do setor) na América Latina.  Em entrevista exclusiva ao blog, publicada em 6 de janeiro deste ano, ele anunciou que o fornecimento de radioisótopos como lutécio e actínio também estava nos planos da empresa. 

INDEPENDÊNCIA – 

O Brasil teria completa independência da Rússia e de outros fornecedores, se colocasse em prática o programa de construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que tornaria o país autossuficiente na produção de radioisótopos. Sem verbas, o projeto para salvar vidas tem servido apenas de promessa do governo. Para se ter ideia, cerca de dois milhões de procedimentos são feitos por ano em clínicas particulares e conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), em pacientes com câncer, que necessitam dos medicamentos. 

Enquanto isso, cresce o lobby para a privatização da produção, que cairia nas mãos da iniciativa privada nacional e internacional, elevando os preços do tratamento. Em dezembro avançou a discussão sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC- 517), na Câmara dos Deputados, que propõe a flexibilização do monopólio da União na fabricação de radiofármacos. A PEC é do senador Álvaro Dias (Podemos-PR). 

FOTO: Portal IPEN/CNEN - 

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2 comentários:

  1. Preocupante, e lamentável a falta de investimentos para que o Brasil seja autosuficiente na produção de radioisótopos. Pobre paciente que precisa dependem desses medicamentos.

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  2. Prezada leitora, muito obrigada pela participação. A sua opinião é muito importante para o nosso trabalho.

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