Com
investimentos estimados em R$ 3 bilhões, para os próximos 15 anos, o governo
inaugura no final do mês, a 7ª cascata de ultracentrífugas, na Fábrica de
Combustível Nuclear (FCN), em Resende, da Indústrias Nucleares do Brasil (INB),
conforme o Blog antecipou em maio. Segundo especialistas do setor, haverá um
aumento de 25% de produção de urânio enriquecido, permitindo a produção de
cerca de 50% da demanda para a recarga anual de Angra I.
No
empreendimento já foram investidos cerca de R$ 560 milhões desde 2000, quando a
INB assinou com a Marinha, acordo para receber a transferência dessa
tecnologia.
A
Marinha domina todo o processo de enriquecimento de urânio desde a década de
80, no Centro Experimental de Aramar, em Iperó (SP), que inseriu o Brasil no
restrito Clube do Átomo. O Clube é integrado por poucos países, entre eles, Estados
Unidos, Rússia, França, China, Japão, Irã, Paquistão, Inglaterra, Alemanha,
Holanda e Índia.
A
parceria INB e Marinha visa a instalação de 10 cascatas de ultracentrífugas. A
meta é atender a cerca de 70% da demanda de urânio enriquecido para a recarga
de Angra I. A segunda fase prevê a instalação e o comissionamento de mais 30
cascatas de ultracentrífugas para abastecer as recargas de Angra II e Angra
III, cujas obras estão paradas desde 2015.
Com
esse passo, o Brasil permanece na mira das entidades internacionais que
inspecionam os programas nucleares mundiais.
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