sábado, 4 de agosto de 2018

Brasil constrói depósito para combustível nuclear de Angra I e Angra II


Cerca de US$ 50 milhões é o que deve custar a construção da Unidade de Armazenamento Complementar a Seco (UAS), para a estocagem, em dois anos, de combustível usado (urânio enriquecido), das usinas Angra I e Angra II.  A vencedora da concorrência para a construção foi a  Holtec, com sede em Camden, Nova Jersey, nos Estados Unidos.

A Holtec é fornecedora de equipamentos e sistemas para a indústria de energia, especializada na concepção e fabricação de peças para reatores nucleares. Participaram da licitação e perderam as empresas americanas Nac e Areva.

Está em andamento a licitação para o desmonte do talude, com a remoção de terra, cortes no morro, por exemplo. O edital foi publicado na semana passada, confirma a Eletronuclear.

O governo tem que construir a UAS, porque o esgotamento da capacidade de armazenamento das piscinas, onde o combustível fica depositado, ocorrerá em julho de 2021, no caso de Angra II; e em dezembro do mesmo ano, em Angra I. A UAS terá capacidade para armazenar o combustível até 2045.

A previsão da Eletronuclear é de que a UAS fique pronta em maio de 2020, para a transferência dos combustíveis usados de Angra II, até agosto do mesmo ano. Já os de Angra I, até janeiro de 2021.
Combustível usado é produto altamente precioso, porque uma vez reprocessado, torna-se plutônio.

Todo material usado e produzido pelas usinas nucleares de Angra passa pelo crivo da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com sede em Viena, na Áustria, liderada pelas grandes potências, como os Estados Unidos.

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