A usina nuclear Angra I, em Angra dos Reis (RJ), foi autorizada nesta quinta-feira (21/11) a operar por mais 20 nos, pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Às vésperas de completar 40 anos, a decisão vinha sendo esperada pelo setor nuclear. Angra 1 começou a operar em 1985, mas foi desligada várias vezes por defeitos, problemas técnicos e ações judiciais. Foram tantos os desligamentos que chegou a ser batizada de “vagalume”.
A Eletronuclear já admitiu que precisará buscar recursos adicionais para viabilizar a extensão de vida de Angra 1, capaz de produzir 640 MW, quando funciona 100% sincronizada ao sistema elétrico. A atual licença de operação da unidade expira em 24 de dezembro, mas a CNEN já estava com a autorização pronta, segundo fontes.
A empresa norte-americana Westinghouse, que vendeu a usina para o Brasil em 1970, foi contratada para participar do trabalho de avaliação, previsto para terminar em 2019, mas continuou. Há cerca de duas décadas, a projeção era de que a unidade atômica deveria parar de funcionar até 2018. Mas nos últimos cinco anos foram investidos US$ 27 milhões na modernização do empreendimento, segundo a Eletronuclear, responsável pelas usinas nucleares.
Como parte desse programa foram realizadas várias substituições, como a troca de dois geradores de vapor e a tampa do vaso de pressão do reator, além do armazenamento da antiga. A tampa do vaso de pressão do reator e um mecanismo de inserção e extração das barras de controle foram fabricados pela empresa japonesa Mitsubishi Heavy Industries (MHI), que contratou a norte-americana Aquilex WSI Nuclear Services para realizar os serviços de troca, e a canadense Transco Plastic Industries, para fornecer o novo isolamento térmico.
(FOTO: ABDAN) -
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