Ativistas do IBAS: International Ban Asbestos Secretariat, do Reino Unido, divulgam comunicado em protesto contra o adiamento da decisão sobre o banimento do cancerígeno amianto no Brasil. O ministro Nunes Marques pede vistas do processo e atrasa a decisão esperada para esta sexta-feira (14/3), conforme o BLOG divulgou ontem.
COMUNICADO -
Havia rumores de que Albert Einstein definiu loucura como “fazer a mesma coisa várias vezes e esperar um resultado diferente”. Acho que todos devemos estar loucos porque em 14 de março de 2025 tínhamos grandes expectativas de que a Suprema Corte Brasileira (STF) emitisse o veredicto final sobre as exportações de amianto, uma substância proibida em 2017 pelo STF. Esperamos por essa decisão por oito longos anos. Como já aconteceu tantas vezes antes, a entrega de uma decisão sobre o amianto pelo STF foi adiada.
“Desta vez, fomos informados de que o impasse foi causado pelo Ministro Kassio Nunes Marques, nomeado do nefasto ex-presidente Jair Bolsonaro. Marques disse que precisava de mais tempo para considerar os argumentos do caso ADI 6200 - uma ação judicial iniciada em 2019 que pede a inconstitucionalidade da lei estadual de Goiás, isentando a mineração de amianto da proibição da Suprema Corte. A ADI 6200 pediu o fechamento da mina de crisotila de Cana Brava, a única mineradora de amianto remanescente do país. Como ele é Ministro do STF desde 5 de novembro de 2020, alguém deve se perguntar por que Marques não encontrou tempo para estudar os arquivos do caso? Pode haver 103.000.000 de razões para isso.”
“Em 2023, as vendas internacionais de amianto brasileiro valiam US$ 103.000.000, tornando o Brasil o segundo maior exportador do mundo. Somente em dezembro de 2024, as remessas desse material letal ganharam US$ 7,67 milhões.”
FOTO – Membros da Missão Asiática do Banimento do Amianto no Brasil protestando do lado de fora da Suprema Corte em Brasília, abril de 2019.
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