sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

RENOVADO CONVÊNIO PARA TRATAMENTO DE EX-EMPREGADOS DA NUCLEMON

A Associação Nacional dos Trabalhadores da Produção de Energia Nuclear (Antpen) informou há pouco (09/2), que a Indústrias Nucleares do Brasil (INB) renovou o convênio para o tratamento de ex-funcionários da empresa que trabalharam na Nuclemon Minero-Química, onde contraíram doenças por exposição a diversos agentes insalubres. A empresa de Saúde Notre Dame está atendendo os ex-funcionários doentes, a maioria com câncer. A Nuclemon está fechada desde 1993.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

INB promete manter tratamento de ex-empregados da Nuclemon

A Associação Nacional dos Trabalhadores da Produção de Energia Nuclear (Antpen) denunciou ontem a suspensão do pagamento, há uma semana, de convênio imprescindível ao tratamento de ex-funcionários da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), que trabalharam na Nuclemon Minero-Química, onde contraíram doenças por exposição a diversos agentes insalubres.  A Nuclemon está fechada desde 1993.

Funcionários da INB fizeram assembleia nesta quinta-feira (8/2), porque, segundo eles, a empresa parou de pagar o convênio de Assistência Médico-Ambulatorial-Hospitalar da Intermédica do Grupo de Medicina Privada Notre Dame, que fornecia o atendimento e o tratamento às vítimas.  O contrato da INB com a Notre Dame expirou em 31 de janeiro desse ano e não havia sido renovado, segundo a Antpen.



Na assembleia pela manhã, eles fizeram um minuto de silêncio pelo ex-empregado conhecido como Omar, que morreu no dia 18 de janeiro com tumor maligno. Também mostraram documentos de José Carlos dos Santos, outro ex-empregado, com câncer de laringe, que teve o tratamento recusado pela Notre Dame. “Esperamos que isso não se repita”, disseram.

Há pouco, em nota oficial, a empresa garantiu:  “A INB informa que a ordem bancária foi emitida na terça-feira (6), o crédito foi efetivado na quarta-feira e a operadora, - INTERMÉDICA tem 72 horas para restabelecer o atendimento”.

Segundo o presidente da Associação, José Venâncio Alves, a paralisação do atendimento põe em risco de morte iminente os ex-empregados que fazem tratamento de quimioterapia, hemodiálise e os que tinham cirurgias agendadas para o início desse mês.

SENTENÇA - Em agosto passado, o juiz da 12ª Vara do Trabalho de São Paulo, César Augusto Colovi Fagundes, condenou a INB a indenizar 54, dos 66 empregados que moveram a ação, pois 12 deles já morreram desde 2005 quando o processo começou. Uma liminar de 2007 obrigou a INB a fornecer o plano de saúde a partir de outubro daquele ano. E a sentença, do juiz da 12ª Vara em primeira instância manteve a obrigação em 2017, ou seja, dez anos depois. A INB informou que vai “recorrer por dever de ofício”.

Há casos de trabalhadores com sequelas. Os danos vão desde lesões na coluna vertebral  até os casos de câncer.  Na sentença, o juiz determina o pagamento de indenizações de acordo com o cargo e o tempo de serviço do trabalhador.

O magistrado observa uma série de alegações da acusada, levando em conta problemas na unidade desde a década de 80. Na página seis da sentença, ressalta que é “completamente inservível para isentar a reclamada das indenizações pertinentes o laudo ambiental, elaborado no longínquo ano de 1985, por ser evidente que à época, o estado da técnica dos instrumentos para medição dos equipamentos de proteção (individual e coletiva) e mesmo do maquinário utilizado era absolutamente inferior ao atual”.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Prêmio Nobel para ICAN



 O Comitê do Nobel da Paz premiou a Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares (ICAN) - que reúne cerca de 470 ONGs no mundo. 

Na foto, de outubro de 2017, o coordenador do ICAN, Daniel Hogstan, a diretora-executiva Beatrice Fihn e seu marido, Will Fihn Ramsay, comemoram. 

(Reprodução de O Globo).

Bomba atômica! Pra quê? Brasil e Energia Nuclear - Editora Lacre


O livro “Bomba atômica! Pra quê? Brasil e Energia Nuclear”, da jornalista Tania Malheiros, em lançamento pela Editora Lacre, avança e aprofunda nas informações e documentos reunidos pela autora em suas duas primeiras publicações sobre o tema: “Brasil, a bomba oculta” (1993) e “Histórias secretas do Brasil nuclear” (1996). Este novo livro atualiza a história secreta do enriquecimento de urânio no Centro Experimental de Aramar, da Marinha e os negócios com Iraque e China, na época da Ditadura.
A tecnologia do enriquecimento – dominada por seletos países e que levou o Brasil a ingressar no restrito Clube do Átomo – foi repassada à estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB). O fato havia sido previsto em matérias da autora há mais de 20 anos.
O livro, de 380 páginas, informa também sobre o domínio do reprocessamento de urânio, que leva à produção de plutônio – outra opção de combustível para alimentar a bomba atômica.
No campo das usinas nucleares, há cerca de duas décadas, a projeção era de que a unidade atômica Angra I funcionaria somente até 2018. Hoje, porém, Angra I está sendo preparada para ter vida útil prolongada por mais 20 anos. Só nos últimos cinco anos foram investidos US$ 27 milhões na modernização do empreendimento.
Continua sem solução, uma dívida da empresa suíça Nuexco com o Brasil, contraída há 20 anos, envolvendo o fornecimento de urânio ao Canadá. 

Algumas revelações de Tania foram, inclusive, noticiadas no The Times londrino. O assunto da energia nuclear não se esgota e envolve múltiplos interesses. Até mesmo os candidatos à Presidência da República de 2018 preferiram não manifestar suas opiniões sobre temas como a bomba atômica, pressões internacionais, usinas nucleares e submarino de propulsão nuclear. 
Maiores informações: www.editoralacre.com.br
Contato com a autora: malheiros.tania@gmail.com

O livro, lançado em 1996, é a mais completa investigação jornalística sobre a trajetória brasileira na área da energia nuclear. Esclarece episódios que marcaram o desenvolvimento da energia nuclear no País, a partir da década de 40 até o governo Fernando Henrique Cardoso. Traz informações, fotos e documentos sigilosos, muitos deles ainda hoje desconhecidos do público. Detalha o contrabando de urânio que o Brasil fez para o Iraque, nos anos 80. Revela fatos mais recentes, como a ameaça feita pelos norte-americanos ao governo FHC, em 1995, com objetivo de desfazer uma parceria entre Brasil e a Argentina na esfera nuclear. 

Rua do Carmo, 9 – salas 902/903 –
Centro – Rio de Janeiro
e-mail: buritiseboliterário@yahoo.com.br
Tel.: (21) 2220-5492

BRASIL, A BOMBA OCULTA



 


















O livro BRASIL, A BOMBA OCULTA, lançado em 1993, conta a história da energia nuclear no Brasil a partir das primeiras pesquisas, na década de 1940, até o governo do presidente Itamar Franco.
Apresentação de Janio de Freitas.

Edição esgotada.
Disponível na Biblioteca Nacional.

 
O livro foi lançado pelo Instituto de Análises Estratégicas (ISA), na Alemanha, em 1995.

Aos leitores





Prezados leitores,
este blog é dedicado a assuntos jornalísticos.
Tratarei dos trabalhos realizados na minha trajetória de repórter.
Também vou divulgar fatos relevantes da atualidade, acontecimentos históricos e notícias variadas, com destaque para a energia nuclear.

Meus agradecimentos a
Guina Araújo Ramos, 
escritor e fotojornalista,
 pela produção deste blog.

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