terça-feira, 20 de março de 2018

Usina nuclear Angra II volta a funcionar


A usina nuclear Angra II, fruto do acordo nuclear Brasil-Alemanha, assinado em 27 de junho de 1975, voltou a operar ontem (19/03), às 22h37, sincronizada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo a Eletronuclear, a unidade está em processo de elevação de potência e deverá atingir 100% até o final do dia desta terça-feira (20/03). Angra II tem capacidade para produzir cerca de 1.300 Megawatts.

A usina foi desligada em fevereiro para reabastecimento de um terço do combustível (urânio enriquecido). Também foram realizadas inspeções, atividades de  manutenção periódica e modificações de projeto. Durante o período, foram executadas cerca de 3,5 mil tarefas, informou a Eletronuclear.

Fundada em 1997, a empresa é igualmente responsável por Angra I, em funcionamento - comprada da empresa norte-americana, Westhinghouse, na década de 70 -; Angra II e Angra III, também pelo acordo com a Alemanha.

 

quinta-feira, 8 de março de 2018

Energia Solar: opção de economia

"Uma pessoa muito curiosa que nunca deixou de se fazer perguntas a respeito dos homens e de sua relação com a natureza". Assim se define o professor Juan José Verdesio, um dos mais dedicados pesquisadores da Energia Solar, tema que há bem pouco tempo não despertava o interesse público e privado no país. Com mais de 30 anos em estudos na França, Turquia e empresas como a Embrapa e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), ele fala sobre a economia que a utilização da energia solar pode proporcionar à sociedade. "Em residências de famílias de baixa renda a economia pode chegar a 44% na conta da eletricidade". Leia a matéria completa e o perfil do nosso primeiro entrevistado.   

O senhor trabalha ou trabalhou para alguma empresa do ramo?
Não.
Por que o Brasil não investe nessa tecnologia?
O Brasil já está investindo nessa tecnologia. Não com a devida intensidade e velocidade condizentes com os recursos disponíveis e a população existente. Em termos mundiais é o quarto país em potência instalada.

Veja gráfico de Solar Heat Worldwide 2017



















Capacidade instalada de coletores solares para aquecimento de água por pais em 2016
Legenda: Unglazed water collectors = coletores solares sem cobertura de vidro (usados para aquecer piscinas). Flat Plate collectors = coletores solares fechados em caixas com cobertura de vidro (os mais usados para o nosso clima em uso residencial. Evacuated tube collectors = a tecnologia mais eficiente com tubos de vidro a vácuo. Próprios para regiões mais frias
A China tem 30 vezes mais coletores solares do que o Brasil inteiro. Os coletores solares sem vidro são usados em piscinas. Estamos investindo muito em usos de luxo, como os EUA e a Austrália. E pouco em coletores com vidro e quase nada em coletores de tubo a vácuo (próprios para regiões mais ao Sul do país).

Há muita desigualdade no setor?
Como em outros campos a desigualdade é gritante. Por exemplo, eu moro em casa, em bairro nobre de Brasília. Nesse bairro no Lago Norte, quase todas as casas têm aquecedores solares de água para uso interno e muitas para piscinas. No clube onde faço hidroginástica, a piscina é aquecida por coletores solares e bombas de calor. É difícil ver aquecedores solares em Taguatinga, Ceilândia e outros bairros de menor renda familiar.

Conte um pouco sobre a sua pesquisa na Turquia.

Em todas as cidades do interior da Turquia são muitos os aquecedores solares. Veja abaixo o conjunto de moradias populares construídas com apoio do governo no interior da Capadócia. Isso é resultado de políticas públicas específicas para o setor. As casas são melhores construídas do que os conjuntos que sempre tivemos no Brasil em todos os governos. Até porque na Turquia tem que resistir aos terremotos.

Interior da Turquia. Moradias multifamiliares e comércios integrados todas com aquecimento solar de água. Foto do autor

Vamos separar os assuntos:
Sobre a tecnologia de aquecimento solar de água de baixa temperatura, até para uso residencial: o chuveiro elétrico é muito fácil de instalar, barato e não precisa ter um cano de água fria e outro quente. No caso de ter que substituir o chuveiro elétrico para aquecimento solar há necessidade de instalar o cano de água fria e o misturador em cada ponto de uso; o que pode ser complicado, sobretudo, em edifícios, se o cano estiver embutido na parede.
Vamos lembrar que grande parte dos brasileiros não faz cálculos a longo prazo de economia de energia pela troca de equipamento ou mesmo de finanças pessoais, haja visto o uso generalizado do cartão de crédito e/ou empréstimo pessoal para compras mesmo com os juros abusivos que são cobrados. Outro ponto no Brasil é a falta de incentivos através de políticas públicas de financiamento a juros baixos, ou desconto na conta de luz ou mesmo leis que obriguem ao uso do solar em novas construções.

Há possibilidades de mudanças?
Mais adiante calcula-se que as instalações continuarão crescendo. O Plano Nacional de Energia PNE 2050 prevê que as instalações passarão dos atuais 0,4 % para 20 % dos lares brasileiros.

Estimativas de ampliação?
O mercado de fabricação de sistemas de aquecimento solar no Brasil tem se mostrado muito dinâmico fora a crise geral do país de 2015. Note-se que 51 % das instalações são residenciais, mas o comércio e serviços são fatores dinamizadores. Também os programas de vivenda social como “Minha Casa Minha Vida”, que incorporam estas tecnologias são grandes dinamizadores. Mas em 2015 esses programas foram reduzidos pela falta de recursos.

Acrescento que a dinâmica futura vai depender de vários fatores, tais como a retomada de programas de financiamento de projetos habitacionais governamentais que incluam essas tecnologias. Serão necessários também mais incentivos legais e financeiros; e a melhoria das legislações locais municipais e estaduais a exemplo de Belo Horizonte, que já está se beneficiando com isso.

Fonte Revista SOLBRASIL. No. 30 12 julho 2016. Editora ABRAVA




























Fonte Revista SOLBRASIL. No. 30 12 julho 2016. Editora ABRAVA























Como é a energia solar na indústria?
A tecnologia de aquecimento solar de água para uso industrial de baixas temperaturas (até 80 oC), tem vários usos; para a pasteurização de produtos agropecuários, secagem de frutas ou ervas aromáticas e condimentos, industria têxtil e outras em processos de tratamento de materiais e secagem. São usos industriais mais interessantes em regiões de clima bem árido ou semiárido, onde há pouca possibilidade de chuvas.

Por que não se aplica no Nordeste sobretudo para secagem de frutas?
Pode ter diversas causas. Desde a simples ignorância do recurso disponível e a técnica a usar, até porque produtos concorrentes estrangeiros provavelmente - é uma hipótese – devem ter custos de produção menores que os brasileiros.

Pode exemplificar?
Sim. Importamos toda a uva passa que consumimos de países como a Turquia - os figos e damascos do Natal vem de lá secos ao sol - que usa amplamente a energia solar para secagem de frutas e aquecimento de água de residências. E exportamos uva em natura. Em viagem recente fiquei impressionadíssimo com a extensão de uso desta tecnologia na Turquia e no Oriente Médio.
 
Perdemos muito...
Sim. Outro complicador do uso industrial é que em indústrias instaladas em lugares com alto preço da terra o obstáculo maior é que tem que destinar uma grande área para os coletores. E, pode ser necessário ter que dispor de mais terreno para a usina e os coletores. Ai o negócio pode se tornar inviável financeiramente.
Falo também sobre a tecnologia de aquecimento solar de uso industrial de altas temperaturas: O uso em indústrias de carros para secagem de pinturas, em indústria têxtil, tinturaria e lavagem, e na indústria do papel em vários processos. Cabem as mesmas considerações anteriores. 

E nas residências? 
Para aquecer água para banho de uma residência com quatro pessoas o investimento em equipamentos e instalação é de R$ 2 mil a R$ 3 mil. Para fornecer eletricidade para a mesma residência vai se gastar de R$ 15 mil a R$ 30 mil, dependendo do consumo. Para consumos industriais de alta potência ainda é a opção mais cara existente.
No caso do uso residencial a vantagem é que hoje se pode vender energia produzida e excedente para a rede de distribuição. Se quiser ter energia 24 horas é preciso instalar um conjunto de baterias especiais para armazenar eletricidade e poder usar à noite. 

Vale à pena?
Ainda é pouco rentável fazer isso. As baterias têm curta duração, uns quatro anos, além disso o equipamento é caro. A opção mais rentável é gerar sem baterias vendendo o excedente à rede. Mesmo assim o consumo tem que utilizar equipamentos como lâmpadas LED, motores nas geladeiras, ar condicionado e máquinas de lavar mais eficientes. Isso pode significar gastos extras: substituir equipamentos de consumo e troca da fiação.  

Fale mais sobre os painéis fotovoltaicos.

É um bom negócio em locais do semiárido nordestino de boa insolação e terra plana e barata, desde que os novos empreendimentos não sejam barrados pela falta de conexão às redes e/ou os preços dos painéis. Ainda são mais baratos os painéis importados da China. Há artigos já publicados sobre a Bahia, que estão bem completos e dão uma boa ideia do potencial. No Brasil, de um modo geral, existem hoje 438,3 MW instalados de potência fotovoltaica com 15.669 instalações. Veja os gráficos:














Traduza esses números.
Do total das instalações, 60 totalizando 312 MW são de usinas centralizadas que vendem diretamente ao sistema elétrico nacional com outorga e registro na ANEEL. O restante em MW corresponde à geração distribuída para uso próprio e/ou venda de excedente.
No total, considerando 40 % de eficiência da potência instalada, a geração estimada é de 650GWh por ano. Em termos comparativos esta geração ainda é insignificante porque corresponde a 0,1 % da oferta total de eletricidade no Brasil considerando todas as fontes.

Como avalia o potencial da energia solar no Brasil? Há interesse externo?
O potencial brasileiro é grande. A maior usina centralizada de geração fotovoltaica do Brasil se encontra perto de Bom Jesus da Lapa, no interior da Bahia, com 158 MW de potencia instalada em 500 mil painéis solares cobrindo uma área de 330 hectares. A empresa estatal italiana ENEL é a que opera este projeto. Mas há outros: Ituverava (254 MW) e Horizonte (103 MW), também na Bahia, e Nova Olinda (292 MW), no Piauí. A ENEL é líder na produção de energia solar fotovoltaica no País, com 807 MW instalados.

Como analisa o futuro da energia solar no Brasil?
As previsões para o futuro são promissoras para o mercado de geração elétrica solar. O Plano Decenal de energia calcula que, em 2026, a geração solar represente quase 6 % da energia elétrica ofertada no país. Ou seja em 10 anos haverá um aumento exponencial, dos atuais 438 MW para 13 GW de capacidade instalada. O incremento será de 32 vezes a capacidade atual. Destes 13 GW 9,6 GW serão de geração centralizada e 3,4 GW de geração distribuída (instalações individuais em tetos e fachadas). O Plano Nacional de Energia 2050 calcula que em 2050, 9 % da oferta total de energia será solar.

Usina de geração centralizada fotovoltaica da ENEL em Bom Jesus da Lapa (BA)






















 Poderia ser de grande utilidade econômica para o País? De que forma?
Sim. A energia solar térmica recupera o investimento por economia no consumo em dois ou três anos e na eletricidade solar o prazo é de sete a oito anos.  Isso é muito menos do que a vida útil dos equipamentos de 15 a 25 anos dependendo do tipo desse equipamento e de seu uso adequado. Em residências de famílias de baixa renda ou até média a economia do aquecimento solar pode chegar ao 44% da conta de eletricidade. Isto porque mais de 70 % dos lares brasileiros usam chuveiro elétrico altamente consumidor, quando poderiam usar aquecimento solar em todos os climas de nosso país. Mesmo nos mais frios. Uns 18 % não usam nenhum aquecimento e só 5,9% usam gás.

Quem ganha com isso?
A firmas de geração de eletricidade se beneficiam porque têm que ter menos capacidade instalada e por que sofrem menos danos na rede pelo pico de aumento de consumo, o que se dá nas horas do banho. Com a energia solar para aquecer água eliminaríamos o pico devido ao chuveiro. Veja outros gráficos interessantes.

Curva diária de consumo no Brasil. Informe do PROCEL




















Na região Norte e Nordeste a incidência do chuveiro elétrico é muito menor. Mas no Centro-Oeste Sul e Sudeste é enorme. Por isso aqui já perdi vários equipamentos, devido ao pico da tarde, aqui em Brasília. Esse pico chega a cortar a energia por alguns segundos e depois pode entrar em transiente perigoso para a rede.

Curva diária de consumo no Centro-Oeste. Informe do PROCEL




















Quanto o Brasil poderia economizar?
Dependendo do tipo de consumo, nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, a economia do consumo por residência usando aquecimento solar pode ser de 20 a 60 % no consumo de eletricidade. No uso de fotovoltaico, como já diz pode economizar até 100 % da energia consumida, se tiver baterias.

O Brasil já tem exemplos significativos de economia?
A Santa Casa de Juiz de Fora (MG) é um dos mais importantes exemplos.  Tem 1370 m2 de coletores e estoca 66.000 litros de água quente funcionando também com óleo combustível e eletricidade. Em 2015 registrou uma economia mensal de R$ 30 mil.

Maior instalação de aquecimento solar do Brasil na Santa Casa de Juiz de Fora. (MG)




























Há “lobbies” de outras fontes que dificultam o uso da energia solar no Brasil?
O conflito maior pode ser delineado entre os grandes grupos de produção de energia centralizada, sejam hidráulicos, termais ou nucleares versus a geração autônoma em qualquer escala. No passado, quando tínhamos um modelo extremamente centralizado de produzir e distribuir energia quase todo público, o maior inimigo à geração autônoma era o próprio Estado. Só se construíam grandes usinas hidráulicas com altos riscos de envolvimento de corruptos nos processos decisórios de onde construir e como construir. Isso pelos enormes recursos que são necessários para tais obras. Hoje isso está mudando e até se discute a privatização de monstros sagrados como a Eletrobrás. Num sistema menos centralizado e menos concentrador do lado da oferta, a energia solar tem tudo a favor.
Aqui caberia comentar que no Brasil a energia hidráulica é uma fonte abundante e das mais “limpas”. Dependendo de como é concebida a usina pode se ter uma geração extremamente grande e com impactos ambientais minimizados sendo que ela não gera poluentes nocivos à saúde de plantas e animais. A demonização desta forma de produção de energia pode ser que, em alguns casos, seja melhor entendida pensando que eliminar futuras centrais hidráulicas favoreceria a inevitável construção de usinas térmicas ou nucleares. Nesse caso, há que se perguntar quais são os interesses que estariam por trás de certos grupos que defendem o contrário.

Se a energia solar é mais viável economicamente, por que não há mais investimento?
Já listei alguns empecilhos. Aqui adicionaria o custo Brasil: o excesso de normas para empreender qualquer coisa, a carga tributária e trabalhista imensa, o excessivo controle estatal de tudo o que tem a ver com a energia, os trâmites longos, caros e demorados para se conseguir uma enormidade de licenças, federais estaduais e municipais, as incertezas econômicas de médio e longo prazo. São questões para desestimular investimentos que demandam mais tempo.

E como será o amanhã?
Pode ser muito brilhante se diminuírem esses obstáculos. O Brasil pode ser um país quase todo provido de energias renováveis para eletricidade. Já o foi quando dominava a energia hidráulica (90 % renovável). Agora o mix de fontes mais viável para gerar eletricidade é hidráulica+eólica+solar e um pouco de nuclear. Não sou a favor de eliminar a nuclear completamente.

Por que?
Deveríamos pensar seriamente em investir muito mais em pesquisar uma nova tecnologia nuclear. Todas as fontes renováveis são de fluxo e não de estoque e portanto dependem das variações do tempo, chuva, vento, nebulosidade. Por isso, o seu fornecimento pode sofrer grandes variações que tem que ser supridas com fontes de estoque (térmica de combustíveis fosseis e nuclear). Recentemente temos sofrido períodos de escassez energética (e de água potável) devido à falta de investimento em hidráulica e períodos mais secos.

São as incertezas...
A insistência nas renováveis dos países que dependem de importar petróleo e gás natural é mais uma estratégia de independência energética do que um desejo de eliminar fontes de combustíveis fósseis. Essas ainda são interessantes do ponto de vista financeiro e operacional, embora provoquem danos ambientais e na saúde das populações urbanas. O caso atual mais gritante é a China. As incertezas do fornecimento de energia e as guerras fazem com que esses países sejam precavidos. Já o Brasil não depende tanto de importações de combustíveis fosseis e temos muitas fontes renováveis ainda não aproveitadas.  Todos os países que têm recursos para tal continuam pesquisando em novas fontes, inclusive as nucleares. Ficaremos fora do desenvolvimento, se não fizermos muitas pesquisas sobre as novas tecnologias.

Saiba mais sobre o pesquisador da energia solar

Professor Juan José Verdesio

Por que o interesse pela Energia Solar.
Sou professor aposentado da Universidade de Brasília, onde até 2014, lecionei a disciplina Energias Renováveis, na Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária. Minha linha de pesquisa foi a de Energia solar térmica de baixa temperatura para aplicações agroindustriais.
Levei adiante um projeto para pasteurização do leite em condições reais em estabelecimento leiteiro do Distrito Federal. O experimento durou cerca de dois anos e mostrou que se podia reduzir o consumo de gás GLP para o aquecimento do leite em 60 % com aquecimento de água para a pasteurizada por via solar.
Seu interesse levou em conta o aspecto econômico?
Sim. O meu interesse pela energia renovável leva em conta, sobretudo, o seu aspecto econômico. É resultado do Doutorado em Economia aplicada à energia, que fiz na Université Pierre Mendes France de Grenoble feito no IEPE (Institute d’Économie et Politique de l’Energie), no período de 1982 a 1987. O tema da Tese foi sobre a Inovação tecnológica na Hidroeletricidade.
Prestou consultoria na área?
No período de 1986 a 1989, antes de entrar para a Universidade de Brasília, chefiei equipes de Estudos de Impactos Ambientais de empreendimentos hidroenergéticos e de Irrigação, em diversas empresas de Engenharia. No período de 1982 a 1986, trabalhei como consultor internacional da EMBRAPA Cerrados, na área de Sensoriamento remoto e geoprocessamento para detectar novas áreas agriculturáveis nos Cerrados.
O seu interesse por essas pesquisas vem de longe....
É verdade. De 1975 a 1982 fui pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, onde desenvolvemos os primeiros métodos de mapeamento por imagens de satélites de vegetação e poluição hídrica nas águas da Baia de Guanabara. Foi o meu mestrado. Descobrimos, na época, que a pluma de poluição principalmente orgânica (esgoto residencial) pelo efeito das marés e dos ventos, pode chegar a 200 km do litoral. Velho problema nunca solucionado, não é?
Em 1974 trabalhei para uma firma de planejamento onde desenvolvemos o Primeiro Plano diretor de São Luiz, no Maranhão. Foi a primeira vez que se utilizaram critérios de proteção ambiental e patrimonial na legislação e zoneamento urbano.
Me formei em Engenheiro Florestal, no Uruguai, onde trabalhei cerca de seis anos, no mapeamento geológico e de solos detalhado.

Como se define? 
Uma pessoa muito curiosa que nunca deixou de se fazer perguntas a respeito dos homens e de sua relação com a natureza.




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