segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Submarino e Angra 3: destaques no Prêmio ABDAN


O lançamento do Riachuelo, primeiro submarino convencional brasileiro (fruto de acordo com a França), no próximo dia 14 de dezembro, em Itaguaí (RJ), com a esperada presença do presidente da República eleito, Jair Bolsonaro, foi um dos assuntos de destaque nesta segunda-feira (26/11), durante a solenidade de entrega do Prêmio de Reconhecimento Nuclear 2018, da Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan), realizada no Clube Naval (RJ). A retomada das obras da usina nuclear Angra 3, paralisadas desde 2015 - decisão para o novo presidente - empatou com o tema do submarino, nas mesas dos convidados, compostas por dezenas de civis e militares da área nuclear.

“A conclusão desta obra – Angra 3 – provocará uma onda de boas notícias para o setor nuclear e elétrico, como a geração de cerca de 9 mil empregos diretos e indiretos e o aumento na arrecadação dos tributos, auxiliando o Estado do Rio de Janeiro neste momento difícil que passamos”, destacou o presidente da Abdan, Celso Cunha. Mas observou que o novo governo terá que repactuar dívidas com a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco Nacional e Desenvolvimento Econômico Federal (BNDES), que “provocam desequilíbrio” no caixa da Eletrobras.

O presidente da Abdan acha que no caso de Angra 3, “a guerra não terminou”. Isto porque, a modelagem do estudo de negócio para o término da usina está sendo definida no Comitê de Parcerias público-privada. “Aguardamos ansiosamente a definição de mais este capítulo da novela e queremos acreditar que se encerre ainda em 2018”.

A segunda edição do Prêmio de Reconhecimento Nuclear 2018, premiou quatro personalidades do setor: o físico Rex Nazaré, ex-presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, um dos pais do programa nuclear autônomo; José Augusto Perrotta, coordenador técnico do empreendimento Reator Multipropósito Brasileiro (RMB); contra-almirante da reserva e diretor da Agencia Naval de Segurança Nuclear e Qualidade, Humberto Moraes Ruivo; e o diplomata Marcel Biato, embaixador permanente brasileiro na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
  
  

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Produção de urânio em Caetité será retomada


O presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Reinaldo Gonzaga, anunciou aos empregados da empresa em Caetité (BA), nesta quarta-feira (14/11), que uma etapa importante para a retomada da produção de urânio será iniciada no dia 12 de dezembro deste ano. “A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) concedeu autorização para a realização dos testes operacionais dessa planta química já beneficiando as rochas de urânio que estão no pátio”, disse.

Os trabalhados em Caetité estavam parados há mais de três anos, aguardando a licença da CNEN. Reinaldo Gonzaga destacou que, com os ajustes operacionais realizados no último ano, a INB reduziu a dependência de recurso do Tesouro Nacional. 

“Com a retomada da produção, a dependência tende a diminuir ainda mais, além dos ganhos com a geração de empregos, aumento de recolhimento de impostos e, ainda, a redução de compras de urânio no exterior”, afirmou o presidente. “Até meados do próximo ano, esperamos estar com a produção de urânio a todo vapor e também atuando para a duplicação de nossa capacidade de beneficiamento do urânio”, finalizou.


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