quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Rússia forneceu urânio para Brasil alimentar usinas nucleares

 


Os negócios da Rússia com o Brasil envolveram o fornecimento de 800 toneladas de urânio natural utilizadas no processo de fabricação de combustível para alimentar as usinas nucleares. O material  já foi todo entregue à estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB). 

O negócio foi afirmado entre a Corporação Estatal Rosatom, uma das maiores da Rússia   e a INB, do Ministério das Minas e Energia. A dependência brasileira faz com que a INB importe a matéria-prima para fabricar o combustível para Angra 1 e Angra  2, segundo fonte do setor. 

Embora o Brasil detenha a sétima maior reserva mundial de urânio, ainda não dispõe de urânio natural para a produção nacional. Também não dispõe de toda a capacidade necessária para o enriquecimento, daí uma parte ser contratada na Urenco – consórcio de empresas na Inglaterra, Holanda e Alemanha. 

O urânio natural passa por uma série de processos no que se denomina ciclo do combustível - como o enriquecimento - até servir para alimentar os reatores das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, administradas pela Eletronuclear. 

ANGRA 3 - 

As relações da Rosatom e a Eletronuclear, aliás, vinham se fortalecendo com a assinatura em setembro de memorando abrangendo várias áreas:  projetos de construção de usinas nucleares de grande escala e pequenos reatores modulares de concepção terrestre e até flutuante e ciclo do combustível, por exemplo.

 Nos bastidores, comenta-se que a Guerra poderá afetar também a construção de Angra 3, pois a Rússia tinha interesse em investir no empreendimento. A terceira usina depende de cerca de R$ 15 bilhões para ser concluída e entrar em operação em 2026. A Rosatom, através do presidente da corporação na América Latina, Ivan Dybov, manifestou o interesse em Angra 3.  Mas segundo fontes, a Guerra deve mudar muitos planos. 

FOTO: Central Nuclear de Angra - 

Leia a entrevista com o representante da Rosatom, publicada no blog em 6 de janeiro deste ano. 

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Radioisótopos: fornecedor russo é contatado pela CNEN. Leia a Nota da CNEN.

 

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) divulgou nota há pouco informando que entrou em contato com o fornecedor russo sobre a possibilidade de interrupção do fornecimento de radioisótopos, por causa da guerra Rússia e Ucrânia, mas que não há informações sobre o assunto até o momento. 

Veja a nota da CNEN em resposta à solicitação do blog: 

“Sobre a possibilidade de interrupção do fornecimento de radioisótopos para o Brasil, em função do conflito atual entre Rússia e Ucrânia, a Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN informa que entrou em contato com o fornecedor russo e este não tem informação sobre interrupção até o momento”.

A nota se refere à matéria publicada pelo blog em 6 de janeiro de 2022, repercutida nesta quinta-feira (24/02) por causa da guerra. Leia matéria publicada hoje (24/02/2022). 

A parceria entre o Brasil e a Rússia envolve uma das mais importantes áreas da saúde: a Medicina Nuclear. A Rússia é hoje um dos mais fortes fornecedores de radioisótopos (matéria prima) para a produção de radiofármacos (medicamentos com radiação para diagnosticar e combater o câncer) à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), através do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Com a guerra Rússia e Ucrânia, não há ainda informações se o fornecimento russo será afetado, fazendo com que o Brasil incremente a importação de radioisótopos à África do Sul e Holanda, outros parceiros relevantes. 

A produção do radiofármaco é de responsabilidade do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) da CNEN. “O fornecimento de produtos isotópicos para as necessidades da medicina nuclear brasileira, continua a ser a principal área de cooperação entre nossos países no setor nuclear”, afirmou Ivan Dybov, presidente da Rosatom, uma das maiores empresas russas do setor) na América Latina.  Em entrevista exclusiva ao blog, publicada em 6 de janeiro deste ano, ele anunciou que o fornecimento de radioisótopos como lutécio e actínio também estava nos planos da empresa. 

INDEPENDÊNCIA – 

O Brasil teria completa independência da Rússia e de outros fornecedores, se colocasse em prática o programa de construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que tornaria o país autossuficiente na produção de radioisótopos. Sem verbas, o projeto para salvar vidas tem servido apenas de promessa do governo. Para se ter ideia, cerca de dois milhões de procedimentos são feitos por ano em clínicas particulares e conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), em pacientes com câncer, que necessitam dos medicamentos. 

Enquanto isso, cresce o lobby para a privatização da produção, que cairia nas mãos da iniciativa privada nacional e internacional, elevando os preços do tratamento. Em dezembro avançou a discussão sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC- 517), na Câmara dos Deputados, que propõe a flexibilização do monopólio da União na fabricação de radiofármacos. A PEC é do senador Álvaro Dias (Podemos-PR). 

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Brasil e Rússia são parceiros na Medicina Nuclear

 


A parceria entre o Brasil e a Rússia envolve uma das mais importantes áreas da saúde: a Medicina Nuclear. A Rússia é hoje um dos mais fortes fornecedores de radioisótopos (matéria prima) para a produção de radiofármacos (medicamentos com radiação para diagnosticar e combater o câncer) à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), através do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.  

Com a guerra Rússia e Ucrânia, não há ainda informações se o fornecimento russo será afetado, fazendo com que o Brasil incremente a importação de radioisótopos à África do Sul e Holanda, outros parceiros relevantes. A produção do radiofármaco é de responsabilidade do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) da CNEN. 

“O fornecimento de produtos isotópicos para as necessidades da medicina nuclear brasileira, continua a ser a principal área de cooperação entre nossos países no setor nuclear”, afirmou Ivan Dybov, presidente da Rosatom, (uma das maiores empresas russas do setor) na América Latina.  Em entrevista exclusiva ao blog, publicada em 6 de janeiro deste ano, ele anunciou que o fornecimento de radioisótopos como lutécio e actínio também estava nos planos da empresa. 

INDEPENDÊNCIA – 

O Brasil teria completa independência da Rússia e de outros fornecedores, se colocasse em prática o programa de construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que tornaria o país autossuficiente na produção de radioisótopos. Sem verbas, o projeto para salvar vidas tem servido apenas de promessa do governo. Para se ter ideia, cerca de dois milhões de procedimentos são feitos por ano em clínicas particulares e conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), em pacientes com câncer, que necessitam dos medicamentos. 

Enquanto isso, cresce o lobby para a privatização da produção, que cairia nas mãos da iniciativa privada nacional e internacional, elevando os preços do tratamento. Em dezembro avançou a discussão sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC- 517), na Câmara dos Deputados, que propõe a flexibilização do monopólio da União na fabricação de radiofármacos. A PEC é do senador Álvaro Dias (Podemos-PR). 

FOTO: Portal IPEN/CNEN - 

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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Angra 2 volta a operar sincronizada ao Sistema Interligado Nacional (SIN)

 


A usina nuclear Angra 2 foi reconectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) na sexta-feira (18/2), conforme previsão da Eletronuclear.  O que motivou o problema e os custos do reparo não foram informados. 

A usina foi desconectada na quarta-feira (16/2), às 2h04. “O turbogerador da unidade apresentou uma falha no sistema de controle das válvulas de admissão de vapor – na parte não nuclear da usina – e precisou ser desligado manualmente para a substituição de alguns componentes”, segundo a companhia. O reator nuclear não precisou ser desligado, sendo mantido com potência reduzida. “O incidente não representou nenhum risco aos trabalhadores da unidade, à população ou ao meio ambiente”.

FOTO: Angra 2 –Área controlada -  Eletronuclear - 

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Falta de repasse de conhecimentos afeta setor nuclear brasileiro. Artigo: Mário Moura

 


O Brasil hoje poderia ocupar lugar de destaque no cenário internacional da energia nuclear. Porém, isso não acontece. Vários fatores freiam o desenvolvimento da energia nuclear no país. Apesar de possuirmos uma das maiores reservas de urânio do mundo e dominar as principais etapas de produção do combustível nuclear, inclusive a mais sofisticada delas: o enriquecimento de urânio. Etapa dominada por poucos países no mundo.

A falta de investimento é apontada prioritariamente como responsável pelo atraso nas conclusões das principais obras do setor. De fato, é um problema antigo com o qual o setor convive. O que ainda o mantém vivo e inserido no grupo seleto de países que dominam a tecnologia nuclear para produção de energia elétrica é, sem dúvida, a qualidade técnica do trabalho executado por aqueles que atuaram – e ainda atuam - anos na área nuclear, muitos dos quais, por vários motivos, deixaram o setor, sem sequer transferir o conhecimento adquirido. 

Com frequência, técnicos do setor revelam que a caminhada para promover, mesmo que modestamente no Brasil, as múltiplas aplicações da tecnologia nuclear em áreas importantes da atividade humana, tais como, medicina, indústria, geração de energia elétrica, pesquisa, tem sido muito difícil. Para muitos, desanimadora. Há décadas o setor patina e ainda não consegue sequer produzir o combustível necessário para as recargas das duas usinas em operação, Angra 1 e Angra 2. A conclusão de Angra 3 caminha a passos lentos. 

Temos tecnologia e ainda alguns profissionais de ponta, mas sempre falta investimento ao setor. As principais metas ainda são uma realidade distante, como a de transformar o país em um dos mais expressivos produtores de combustível nuclear do mundo. Entra governo, sai governo e as definições sobre os rumos do Programa Nuclear Brasileiro indicam especial incentivo à construção de mais centrais nucleares, além de Angra 1, Angra 2 e Angra 3. Puro otimismo exagerado, que não se realiza. 

O setor nuclear brasileiro tem que se adaptar aos novos tempos, se de fato quiser participar do mercado atual, fortalecido pelo que tem sido reconhecido em todo mundo como o renascimento da energia nuclear, diante da demanda crescente de energia elétrica.

O Brasil precisa deixar claro que quer participar desse momento de reconhecimento do potencial da energia nuclear, que inclusive conta com a simpatia de alguns ambientalistas, preocupados com os danos causados pelo efeito estufa. Diante do cenário favorável ao crescimento da energia nuclear no mundo, espera-se, portanto, que uma reflexão mais profunda em torno da questão seja feita. O Brasil nuclear tem que ser incansável na conclusão de suas metas. Não postergar seus projetos, muito menos continuar perdendo, com o passar dos anos, a competência e a dedicação do seu corpo técnico. 

Artigo de Mário Moura - Jornalista com mais de 30 anos de experiência no setor nuclear. Trabalhou na Comunicação da Social da INB. 

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Angra 1: começa a transferência de combustível usado (urânio) para Unidade de Armazenamento a Seco (UAS)

 


Com a capacidade das piscinas de combustíveis usados (urânio enriquecido) chegando ao limite, começou esta semana a transferência do material da usina nuclear Angra 1, para a Unidade de Armazenamento a Seco (UAS), dentro da central nuclear de Angra dos Reis (RJ). O trabalho está sendo feito com apoio da empresa norte-americana Holtec, fornecedora da tecnologia da UAS, sob a coordenação da Eletronuclear, gestora das usinas. O empreendimento envolve cerca de US$ 50 milhões, conforme o blog noticiou em 2018. 

Até o momento, dois cascos – conhecidos como Hi-Storms, com 37 elementos cada – foram armazenados no depósito. Serão transferidos para a UAS o total de 222 elementos combustíveis da usina, inseridos nesses recipientes. A atividade deve ser concluída até março, informou a Eletronuclear. Além dos dois Hi-Storms de Angra 1, o depósito já conta com nove invólucros de Angra 2, contendo 288 elementos combustíveis usados da usina, transferidos no ano passado. A transferência realizada nas duas plantas abrirá espaço nas piscinas de armazenamento para mais cinco anos de operação de cada unidade geradora. No entanto, a UAS comporta até 72 módulos, com capacidade para armazenar combustível usado até 2045. 

Todo material usado e produzido pelas usinas nucleares de Angra passa pelo crivo da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com sede em Viena, na Áustria, liderada pelas grandes potências atômicas, como os Estados Unidos. As piscinas de Angra 1 e 2 contam apenas com combustíveis usados. Esse material não é considerado rejeito porque ainda existe energia que “pode ser aproveitada no futuro, por meio do processo de reprocessamento do combustível”. 

A UAS é considerada um armazenamento complementar ao das piscinas existentes dentro das usinas. Os rejeitos de baixa e média atividade são armazenados em repositórios próprios, localizados dentro do terreno da central nuclear. VIDA ÚTIL - A usina Angra 1, comprada da norte-americana Westinghouse, opera comercialmente desde 1985, já poderia estar desligada, mas há estudos para prorrogar a sua vida útil por mais 20 anos, com investimento de cerca de US$ 27 milhões. 

Angra 1 já produziu 3.166 metros cúbicos de rejeitos sólidos (de baixa e média atividade), guardados em 7.602 tambores e caixas metálicas no Centro de Gerenciamento de rejeitos. Cada recarga de Angra 1 custava aproximadamente R$ 188 milhões, sem contar os investimentos com o transporte. Em 2018, o custo total da parada para a troca de combustível, incluindo mão de obra, era de cerca de R$ 80 milhões. 

Angra 1 produz 650 MW, quando funciona com 100% de sua potência sincronizada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Angra 2, comprada pelo acordo nuclear Brasil Alemanha, em 1975, entrou em operação em 2001. A segunda usina tem capacidade para gerar 1.350 MW.  Angra 2 mantém em sua piscina, 888 elementos combustíveis usados. Armazena 201 metros cúbicos de rejeitos sólidos, embalados em tambores e caixas metálicas. Até às 15h desta quinta-feira, a usina permanecia desconectada do sistema interligado por falha o turbogerador. 

FOTO: Técnicos transferem o combustível usado. Eletronuclear. 

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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Angra 2: falha no turbogerador desliga a usina

 


O turbogerador da usina nuclear Angra 2, no município de Angra dos Reis (RJ) apresentou uma falha no sistema de controle das válvulas de admissão de vapor e precisou ser desligado manualmente para a substituição de alguns componentes. O fato ocorreu às 2h04 desta quarta-feira (16/2), na parte não nuclear de Angra 2, que foi desconectada do Sistema Interligado Nacional (SIN).  

Segundo a Eletronuclear, o reator nuclear não precisou ser desligado, sendo mantido com potência reduzida. A previsão de retorno de Angra 2 é até a madrugada de amanhã (17). “O incidente não representou nenhum risco aos trabalhadores da unidade, à população ou ao meio ambiente”, informou a companhia. 

Angra 2 é a primeira de uma série de oito usinas previstas no pacote do Acordo Brasil-Alemanha, assinado pelo general Ernesto Geisel, em 27 de junho de 1975.  Em construção em 1976 para entrar em operação em 1982, depois de uma série de atrasos, começou a operar comercialmente em 2001. Quando opera 100% sincronizada ao SIN, gera cerca de 1.300 MW, o equivalente a 20% da energia consumida na cidade do Rio de Janeiro. 

OXIDAÇÃO SEM EXPLICAÇÃO - 

Em 2020, um problema até hoje não informado, deixou Angra 2 parada por mais de dois meses. “Partículas de aspecto metálico nas bordas do vaso do reator”, como também em “bocais inferiores dos elementos combustíveis, que estavam sendo içados”, foram detectadas e adiaram o retorno ao sistema elétrico da usina nuclear. A usina foi desligada no dia 22 de junho de 2020 para a troca de combustível (urânio enriquecido) produzido pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB).  A previsão era de que voltaria ao sistema em cerca de um mês, mas o problema exigiu uma parada maior, de dois meses.  

Na época, a Eletronuclear confirmou a informação divulgada pelo BLOG. Segundo a companhia, na época, na inspeção foi detectada, “nos elementos combustíveis carregados no último ciclo, uma oxidação inesperada no revestimento dos tubos que contém as pastilhas de urânio enriquecido”. Seriam necessários testes adicionais. Por isso, houve atraso no religamento da unidade, previsto agora para o próximo mês. Os elementos combustíveis são fabricados pela INB, mas uma de suas fases ainda é feita pela Urenco (consórcio de empresas da Inglaterra, Holanda e Alemanha, criado para enriquecer urânio). O que provocou o problema e suas responsabilidades não foram revelados. 

FOTO: Turbogerador - Angra 2 – Eletronuclear. 

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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Eletronuclear assina contrato para retomada das obras de Angra 3. Vai ter comemoração em Angra nesta quinta-feira

 


A Eletronuclear assinou nesta quarta-feira (09/02) o contrato com o consórcio formado por Ferreira Guedes, Matricial e ADtranz que permitirá a retomada das obras da usina nuclear Angra 3.  As empresas venceram a licitação em julho do ano passado para contratar os serviços no âmbito do Plano de Aceleração do Caminho crítico da unidade. A assinatura do acordo entre as partes foi divulgada pela Eletrobras hoje à noite por meio de um comunicado ao mercado. 

Para comemorar a retomada das obras, nesta quinta-feira (10/2) haverá até um evento fechado nas instalações da companhia em Angra dos Reis. Segundo a Eletronuclear, superadas as etapas de recurso, as três companhias passaram, de forma bem-sucedida, por uma avaliação de compliance.

Depois, a assinatura do contrato foi aprovada pelo Conselho de Administração da Eletrobras, no final de janeiro. “Em seguida, o resultado da licitação recebeu a anuência da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração da Eletronuclear. Com o contrato assinado, o consórcio começará a mobilizar o canteiro de obras para, em breve, reiniciar a construção da usina”, informou a estatal. 

A previsão é de que a usina entre em operação comercial em 2026. 

CONCLUSÃO DA SUPERESTRUTURA - 

Entre as principais medidas que constam no Plano de Aceleração do Caminho Crítico está a conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator de Angra 3. Além disso, será feita uma parte importante da montagem eletromecânica, que inclui o fechamento da esfera de aço da contenção e a instalação da piscina de combustíveis usados, da ponte polar e do guindaste do semipórtico.

 Posteriormente, será realizada outra licitação para contratar a empresa ou o consórcio que vai finalizar as obras civis e a montagem eletromecânica da usina. Isso será feito via um contrato de EPC – sigla em inglês para engenharia, gestão de compras e construção.

FOTO: Angra 3 - Eletronuclear

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