quarta-feira, 18 de abril de 2018

ANGRA I DEVE TER MAIS 20 ANOS DE VIDA ÚTIL


A usina Nuclear Angra I, em Angra dos Reis (RJ), está sendo preparada para ter vida útil prolongada por mais 20 anos.  A empresa norte-americana Westinghouse, que vendeu a usina para o Brasil em 1970, foi contratada para participar do trabalho de avaliação, que deve durar até 2019. Há cerca de duas décadas, a projeção era de que a unidade atômica funcionaria até 2018.  Nos últimos cinco anos foram investidos US$ 27 milhões na modernização do empreendimento, segundo a Eletronuclear, responsável pelas usinas nucleares.

Como parte desse programa, estão sendo realizadas várias substituições. Foram trocados os dois geradores de vapor e a tampa do vaso de pressão do reator, além do armazenamento da antiga. A tampa do vaso de pressão do reator e um mecanismo de inserção e extração das barras de controle foram fabricados pela empresa japonesa Mitsubishi Heavy Industries (MHI), que contratou a norte-americana Aquilex WSI Nuclear Services para realizar os serviços de troca, e a canadense Transco Plastic Industries, para fornecer o novo isolamento térmico.

A empresa admite que precisará buscar recursos adicionais para viabilizar a extensão de vida de Angra 1, capaz de produzir 640 MW, quando funciona 100% sincronizada ao sistema elétrico. Angra I funciona comercialmente desde 1985. A atual licença de operação da unidade expira em 2024.

A Eletronuclear garante que a instalação é uma das mais seguras do mundo e destaca a sua performance: em 2016, produziu 5,1 milhões de MWh, “a melhor geração da sua história”. No ano passado, gerou 4,2 milhões de MWh, “uma de suas melhores marcas, a despeito de ter ficado parada por quase 60 dias, entre agosto e outubro de 2017, por conta da troca dos seus transformadores principais, durante a parada para reabastecimento”. A usina já parou 23 vezes para a troca de combustível (urânio enriquecido). A próxima parada está prevista para outubro.

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