Um grande exercício
simulado de emergência, em caso de necessidade de retirada da população próxima
das usinas nucleares (Angra 1 e Angra 2) será realizado nesta quarta (30/10) e
quinta-feira (31/10). As Forças Armadas e organizações federais, estaduais e municipais
mobilizarão aeronaves, embarcações e veículos terrestres. Integrantes de Órgão
de Segurança Pública organizarão o deslocamento de automóveis e pedestres.
O
Hospital de Campanha da Marinha será instalado no Cefet do Parque Mambucaba. Já
Hospital de Campanha do Exército ficará no Estádio Municipal. Em uma ação
social das Forças Armadas, estes hospitais estarão disponíveis para que a população
local realize consultas médicas de diferentes especialidades.
Segundo a
Eletronuclear, o objetivo é avaliar a “eficácia dos planos de emergência”,
anteriores, “ identificar pontos vulneráveis e aperfeiçoar os procedimentos de
atendimento a situações de emergência”. Visa também demonstrar a capacidade de mobilização de recursos previstos
nos diversos planos de emergência e de implementar em tempo hábil as medidas de
proteção para a população. “Mesmo baseado em uma situação fictícia, é uma
operação que envolve entidades civis e militares, além de parte da população da
região de Angra dos Reis”.
A população de Angra pode se preparar: estão
previstas, durante a realização do exercício, em caráter de voluntariado, ações
de remoção de parcela dos residentes do entorno da Central Nuclear. As sirenes
do Plano de Emergência Externo do Rio de Janeiro, localizadas nessas áreas,
serão acionadas durante a atividade.
Estão sendo planejadas, também, ações
destinadas a um pronto atendimento médico, em uma situação de emergência, com a
instalação de Hospitais de Campanha na região. Em uma ação social das Forças
Armadas, estes hospitais estarão disponíveis para que a população local realize
consultas médicas de diferentes especialidades.
Cabe à Comissão Nacional de
Energia Nuclear (CNEN) a avaliação das condições de segurança das usinas e dos
seus respectivos trabalhadores, da população e do meio ambiente e, dessa forma,
recomendar as devidas medidas de proteção. O Gabinete de Segurança
Institucional (GSI) da Presidência da República, órgão central do Sistema de
Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron), é o responsável pela
supervisão do Simulado de Emergência Nuclear em Angra dos Reis.
O planejamento
das ações foi realizado pelo Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de
Emergência Nuclear no Município de Angra dos Reis (Copren/AR), órgão colegiado
que tem a finalidade de planejar ações de resposta a situações de emergência
nuclear na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto.
O comitê reúne
representantes do GSI, que o coordena; Ministério da Defesa; Ministério da
Saúde; Ministério do Desenvolvimento Regional, por meio da Secretaria Nacional
de Proteção e Defesa Civil; Superintendência Estadual do Rio de Janeiro da
Agência Brasileira de Inteligência do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República; Comissão Nacional de Energia Nuclear; Eletronuclear;
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis;
Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado do Rio de Janeiro, da Secretaria de Estado de Defesa Civil do Estado do
Rio de Janeiro e do Instituto Estadual do Ambiente do Governo do Estado do Rio de
Janeiro; Secretaria Especial de Proteção e Defesa Civil da Prefeitura Municipal
de Angra dos Reis; e Coordenadoria Municipal de Defesa Civil da Prefeitura
Municipal de Paraty.
PASSADO: Segundo a Eletronuclear, desde 1996 são
realizados exercícios de resposta à emergência nuclear na CNAAA. Em anos
ímpares, ocorrem os simulados gerais, que treinam a estrutura de forma
completa. Em anos pares, ocorrem os exercícios parciais, focados nos pontos
onde são identificadas maiores necessidades de treinamento e aperfeiçoamento.
A
empresa informou que as atividades contam com a participação de peritos e
observadores nacionais. Essa troca de experiências resulta na constante revisão
da legislação afeta às atividades nucleares no país e tem permitido um
aperfeiçoamento contínuo dos respectivos planos de emergência, evidenciando o
alto grau de comprometimento do setor nuclear com a segurança nuclear do
Programa Nuclear Brasileiro.
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