terça-feira, 29 de outubro de 2019

Exercício simulado de emergência nuclear mobiliza população de Angra dos Reis


Um grande exercício simulado de emergência, em caso de necessidade de retirada da população próxima das usinas nucleares (Angra 1 e Angra 2) será realizado nesta quarta (30/10) e quinta-feira (31/10). As Forças Armadas e organizações federais, estaduais e municipais mobilizarão aeronaves, embarcações e veículos terrestres. Integrantes de Órgão de Segurança Pública organizarão o deslocamento de automóveis e pedestres. 

O Hospital de Campanha da Marinha será instalado no Cefet do Parque Mambucaba. Já Hospital de Campanha do Exército ficará no Estádio Municipal. Em uma ação social das Forças Armadas, estes hospitais estarão disponíveis para que a população local realize consultas médicas de diferentes especialidades. 

Segundo a Eletronuclear, o objetivo é avaliar a “eficácia dos planos de emergência”, anteriores, “ identificar pontos vulneráveis e aperfeiçoar os procedimentos de atendimento a situações de emergência”. Visa também demonstrar a capacidade de mobilização de recursos previstos nos diversos planos de emergência e de implementar em tempo hábil as medidas de proteção para a população. “Mesmo baseado em uma situação fictícia, é uma operação que envolve entidades civis e militares, além de parte da população da região de Angra dos Reis”. 

A população de Angra pode se preparar: estão previstas, durante a realização do exercício, em caráter de voluntariado, ações de remoção de parcela dos residentes do entorno da Central Nuclear. As sirenes do Plano de Emergência Externo do Rio de Janeiro, localizadas nessas áreas, serão acionadas durante a atividade. 

Estão sendo planejadas, também, ações destinadas a um pronto atendimento médico, em uma situação de emergência, com a instalação de Hospitais de Campanha na região. Em uma ação social das Forças Armadas, estes hospitais estarão disponíveis para que a população local realize consultas médicas de diferentes especialidades. 

Cabe à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) a avaliação das condições de segurança das usinas e dos seus respectivos trabalhadores, da população e do meio ambiente e, dessa forma, recomendar as devidas medidas de proteção. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron), é o responsável pela supervisão do Simulado de Emergência Nuclear em Angra dos Reis. 

O planejamento das ações foi realizado pelo Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear no Município de Angra dos Reis (Copren/AR), órgão colegiado que tem a finalidade de planejar ações de resposta a situações de emergência nuclear na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto. 

O comitê reúne representantes do GSI, que o coordena; Ministério da Defesa; Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvimento Regional, por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil; Superintendência Estadual do Rio de Janeiro da Agência Brasileira de Inteligência do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; Comissão Nacional de Energia Nuclear; Eletronuclear; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis; Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, da Secretaria de Estado de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro e do Instituto Estadual do Ambiente do Governo do Estado do Rio de Janeiro; Secretaria Especial de Proteção e Defesa Civil da Prefeitura Municipal de Angra dos Reis; e Coordenadoria Municipal de Defesa Civil da Prefeitura Municipal de Paraty. 

PASSADO: Segundo a Eletronuclear, desde 1996 são realizados exercícios de resposta à emergência nuclear na CNAAA. Em anos ímpares, ocorrem os simulados gerais, que treinam a estrutura de forma completa. Em anos pares, ocorrem os exercícios parciais, focados nos pontos onde são identificadas maiores necessidades de treinamento e aperfeiçoamento. 

A empresa informou que as atividades contam com a participação de peritos e observadores nacionais. Essa troca de experiências resulta na constante revisão da legislação afeta às atividades nucleares no país e tem permitido um aperfeiçoamento contínuo dos respectivos planos de emergência, evidenciando o alto grau de comprometimento do setor nuclear com a segurança nuclear do Programa Nuclear Brasileiro.

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