O Brasil importou urânio
na forma de pó amarelo, mais conhecido como yellowcake (U3O8) do Cazaquistão,
para começar a produzir a recarga de combustível para a usina nuclear Angra 2, em
dezembro próximo. A informação foi confirmada pela empresa Indústrias Nucleares
do Brasil (INB). “Para a produção da 16º recarga de Angra 2, que tem previsão de
entrega em maio de 2020, a empresa já adotou as medidas visando as aquisições
de matérias-primas e componentes”, informou. “Os valores são tratativas
comerciais de cunho estratégico”, acrescentou a empresa.
A recarga para a usina
Angra 1, que será desligada em janeiro, para receber o combustível, também foi
importada do Cazaquistão. Todo o processo, segundo a INB, foi realizado via
licitação. O Brasil tem a sétima maior reserva de urânio do mundo, mas suas atividades
de produção de yellowcake estão paradas. O governo deverá ativar a mina de
Caetitê, na Bahia, recentemente autorizada pela Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CNEN).
O corte no orçamento da INB está levando a empresa a buscar
alternativas para a importação de matérias-primas necessárias à produção do
combustível (urânio enriquecido a até cerca de 3,5% para as usinas nucleares),
como o yellowcake, que faz parte do processo do ciclo do combustível. Para as recargas que se seguem, a empresa está
em “tratativas com o Ministério das Minas e Energia (MME) visando reestabelecer
seu orçamento, mantendo assim todos os compromissos contratuais com a Eletronuclear”,
gestora das usinas nucleares.
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