Indicações do Ministério de Minas e Energia (MME) para a substituição do comando da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) agitam desde ontem (23/7) alguns setores nucleares técnicos e sindicais do País. A indicação de um político de Santa Quitéria, no Ceará, é a mais contestada.
O oficio nº 350/2025/GM-MME que seguiu para o Conselho de Administração da INB e à Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) que controla a estatal, circula durante todo o dia e provoca diversas críticas. Exceto a indicação do engenheiro de segurança Marcelo Xavier de Castro, funcionário de carreira da INB, para ocupar a presidência da empresa, substituindo Adauto Seixas, bem aceita, as demais, provocam descontentamento.
Muito criticada a indicação do advogado, empresário e político cearense Tomás Antônio Albuquerque de Paula Pessoa, conhecido popularmente como Tomás Figueiredo Filho, filiado ao MDB. Tomas foi deputado estadual na Assembleia Legislativa do Ceará (2007-2010), e teria sido indicado para atuar junto ao consórcio da INB com a empresa Galvani, em Santa Quitéria. O projeto tem sido combatido por moradores, pesquisadores e ambientalistas da região. Tomas foi indicado para a diretoria de Recursos Minerais, no lugar de Luiz Antônio da Silva.
Outra indicação criticada é a de Itamar de Almeida para a diretoria de Finanças e Administração, no lugar de Maurício Pessôa Garcia Junior. Itamar já trabalhou na INB em 2003, na primeira gestão do presidente Lula, quando a empresa estava no comando do sindicalista Luís Carlos Vieira, e teria sido afastado por questões políticas, entre outras, contrárias naquele momento. Porém, com ação trabalhista, conseguiu ser reintegrado.
Também desagrada a indicação de Alexandre Gromann de Araújo Góes para a diretoria de Combustível Nuclear, no lugar de Reinaldo Gonzaga. Gromann é funcionário da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Na gestão anterior da CNEN foi afastado de um cargo de diretoria, mas continua na Comissão.
A única diretoria sem alteração é a técnica de Enriquecimento Isotópico, ocupada por Alexandre de Vasconcelos Siciliano, no cargo desde fevereiro deste ano.
(FOTO: Unidade de Santa Quitéria -INB) –
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Lembrando que pelo Art 17, §2° da lei 13.303, servidor da CNEN não pode ser diretor da INB, e perguntando como não viram isso?
ResponderExcluirNão viram que pelo Art 17, §2° da lei 13.303 servidor da cnen não pode ser diretor da inb ? Bolsonarista confesso no governo atual ? Todos já estão sabendo e comentando. Como a casa civil vai deixar passar uma coisa dessas?
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