O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com ministros na tarde desta segunda-feira (17/2) para tratar da conclusão do acordo com a Eletrobras, visando aumentar a participação do governo no Conselho de Administração da companhia. As negociações envolvem a saída da Eletrobras da Eletronuclear, gestora das usinas nucleares Angra 1, Angra 2 e Angra 3. O destino de Angra 3, em construção desde 1984, poderá ser decidido nesta terça-feira (18/2), em reunião do Conselho Nacional de política Energética (CNPE).
Representantes do setor nuclear enviaram documento ao presidente Lula na semana passada pedindo o término das obras. Já entidades antinucleares divulgaram carta com mais de 5 mil assinaturas pedindo o cancelamento da central nuclear. O BLOG ouviu técnicos do setor o imbróglio. A maioria acredita que a decisão será novamente adiada.
Na balança das decisões pesam o alto custo para a retomada das obras e o tempo já tomado pelo empreendimento. Além disso, comenta-se no Planalto que Lula não estaria disposto a ter problemas com a ministra Marina Silva, nada simpática à energia nuclear, por exemplo.
Angra 3 faz parte do acordo nuclear Brasil-Alemanha, assinado em plena ditadura militar, que já consumiu pelo menos R$ 8 bilhões; e dependente de mais R$ 23 bilhões para ser concluída. Não basta aprovar a continuidade das obras, comentou uma fonte. “É preciso saber claramente e com planejamento assumido com responsabilidade de onde virão as cifras bilionárias”, comentaram.
Angra 3, se for concluída até 2031, segundo novas projeções, terá capacidade para gerar 1.350 Megawatts (MW), o equivalente a cerca de 20% da energia consumida na cidade do Rio de Janeiro, uma vez operando com 100% de sua capacidade, como Angra 2. Já Angra 1, gera a metade, nas mesmas condições, operado a 100%. O total representa 3% da energia consumida no Brasil. Vale lembrar que a energia não fica na cidade do Rio, pois faz parte do SIN (Sistema Interligado Nacional).
Conforme o BLOG vem divulgando há pelo menos quatro anos, a dívida da Eletronuclear com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal (CEF), era de R$ 6,4 bilhões. O BNDES já divulgou quer não quer mais participar de Angra 3. A usina tem sido um poço de problemas, com obras paralisadas por ações judiciais, editais cancelados, denúncias de corrupção, entre outras. Amanhã, o governo poderá bater o martelo sobre o empreendimento. Ou não.
Na foto, registrada pelo BLOG, no metrô de Copacabana, Angra 3 é usada como FAKENEWS.
(FONTE: GOVERNO FEDERAL – AGÊNCIA INFRA) –
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