O diretor do Sindicato dos Administradores do Rio de Janeiro (SINAERJ), Sérgio Lyra, divulgou documento contestando informações veiculadas pela direção da Eletronuclear, esta semana, sobre a necessidade de demissões de funcionários e o corte de despesas. Eis a nota:
“A declaração do presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, na entrevista na Talk Show Costa Azul, parece, no mínimo, contraditória. Se a ANEEL, de fato, calcula a tarifa de Angra 1 e 2 com base na real necessidade da Eletronuclear por meio do mecanismo de Pass-Through (Pass True), então a redução de 14% na tarifa para 2025 – equivalente a R$ 600 milhões a menos no faturamento – deveria refletir uma redução proporcional nos custos da empresa.
No entanto, ao mesmo tempo, o presidente alega dificuldades financeiras e a necessidade de cortar R$ 500 milhões em despesas. Essa inconsistência expõe uma evidente manipulação narrativa. Se a empresa realmente estivesse em crise financeira, a ANEEL não teria aprovado um corte tarifário tão significativo, já que isso comprometeria a operação das usinas nucleares. O ajuste tarifário é baseado em custos operacionais projetados e devidamente auditados, o que indica que a situação financeira da Eletronuclear é mais sólida do que o presidente sugere em sua entrevista.
Portanto, a afirmação de dificuldades financeiras aparenta ser uma tentativa de criar um cenário artificialmente alarmante, possivelmente para justificar cortes internos ou influenciar decisões estratégicas. O fato é que, se a empresa pode operar com uma redução de receita de R$ 600 milhões, então os supostos R$ 500 milhões que “precisam” ser cortados não são um reflexo de crise, mas sim de uma adequação orçamentária dentro de uma realidade financeira saudável”.
A ELETRONUCLEAR NÃO COMENTOU.
Sérgio Lyra é funcionário da Eletronuclear e diretor do SINAERJ –
(FOTO – ELETRONUCLEAR) –
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