Técnicos da Eletronuclear visitaram a usina nuclear Atucha II, na Argentina, para conhecer o simulador da sala de controle da unidade, similar ao previsto para Angra 3. Segundo a companhia, “o simulador é uma ferramenta fundamental para garantir a segurança das usinas nucleares”, pois permite treinar os operadores da sala de controle, replicando cenários reais, para que se aprenda a lidar com emergências e situações de risco, prevenindo acidentes. A visita ocorreu de 9 a 15 de julho.
A Eletronuclear informou que a visita é um intercâmbio que possibilitou ver de perto o simulador da usina argentina, que foi desenvolvido pela Tecnatom, empresa que venceu o processo licitatório para fornecer também a réplica da sala de controle de Angra 3. O contrato foi assinado no dia 17 de julho”, conta o superintendente de Angra 3, Luciano Calixto, que participou da missão com um supervisor de turno, um instrutor de simulador e um engenheiro de hardware de simulador da Eletronuclear.
A sala de controle de Atucha II tem 30% de interface digital, enquanto a de Angra 3 será totalmente controlada por telas, informaram. Angra 3 terá potência de 1.405 megawatts (MW), sendo capaz de gerar cerca de 12 milhões de megawatts-hora (MWh) anuais. A obra foi retomada em maio deste ano, após embargo da prefeitura de Angra dos Reis.
O empreendimento está 65% concluído. Angra 3 faz parte do pacote do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha, assinado em 1975, pelo general Ernesto Geisel, então presidente da República. As obras da central nuclear começaram em 1984 e sofreram diversas paradas. Angra 3 já consumiu cerca de R$ 7 bilhões e precisa de mais R$ 20 bilhões para ser inaugurada, agora, em 2029, de acordo com a mais recente previsão.
FOTO: Atucha II – Sites Governo Argentino –
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