sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

A Siemens, do grupo alemão, com sede nos EUA, vendeu equipamento com defeito para Angra 1



Foi a empresa Siemens, do grupo alemão, com sede em Orlando, na Flórida (EUA), que vendeu equipamentos com defeitos, provocando um curto circuito na conexão da excitatriz (máquina elétrica que emite corrente) com o gerador elétrico, causando o desligamento de Angra 1, no sábado (15/02). A usina nuclear havia sido religada na véspera, depois de cerca de 30 dias de parada programada para a troca de combustível (urânio enriquecido). 

O problema do curto circuito foi divulgado na quinta-feira (20/02), pela Eletronuclear, gestora das usinas atômicas. A empresa informou há pouco que a Siemens é a empresa que faz a revisão do conjunto turbogerador de Angra 1. A norte-americana Westinghouse, que vendeu Angra 1 para o Brasil, na década de 70, vendeu também as suas fábricas de turbogeradores para a Siemens, explicaram assessores da Eletronuclear. "É por isso que a Westinghouse não está envolvida nesse caso. Mas a empresa continua fazendo consultoria para Angra 1, na parte de reator, instrumentação nuclear e bombas de refrigeração do reator", informaram.

A Eletronuclear não informou o valor do prejuízo, nem se irá recorrer à Justiça contra a Siemens. Também ainda não estimou quando a usina Angra 1 poderá ser religada.

 “O episódio (curto circuito) foi provocado pelo rotor da excitatriz, componente cuja função é gerar a tensão de campo nos polos do gerador”, informou a Eletronuclear. Para resolver o problema, reiterou, será necessário importar peças de substituição. Há partes danificadas. “Como o fabricante fez uma revisão na excitatriz – o que envolveu a troca do rotor – durante a recente parada de Angra 1, a Eletronuclear entrou em contato com a empresa para substituir as partes danificadas”.

Leia a matéria divulgada no blog nesta quinta-feira (20/02). Foto: Arquivo - Eletronuclear.

Um comentário:

  1. A Siemens pisando na bola feio. O defeito não foi tão grave que tenha causado consequ^ncias mais profundas, mas não eixa de ser greve. E a Eletrobras precisa cobrar o ressarcimento da companhia pelo fornecimento das peças defeituosas e do prejuízo que isso causará, já que a usina foi desligada. Tânia parabéns pela matéria.

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