A usina nuclear Angra 3, em Angra dos
Reis (RJ), na qual o governo já investiu cerca de R$ 7 bilhões, ocupa novamente
o noticiário nesta terça-feira (17/12), por conta de fraudes envolvendo
empreiteiras. A 7ª Turma do Tribunal
Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), declarou nulos, por unanimidade, dois
contratos de montagem eletromecânica de Angra 3, julgando improcedente ação
ajuizada contra a empresa por sete empreiteiras.
A informação foi divulgada na coluna do jornalista Ancelmo Gois, no jornal O Globo.
A informação foi divulgada na coluna do jornalista Ancelmo Gois, no jornal O Globo.
As empresas mencionadas
são: Andrade Gutierrez, Odebrecht,
Camargo Correa, Queiroz Galvão, UTC, Techint e EBE. “Citando delações premiadas
e acordos de leniência firmados por essas empresas, o Tribunal confirmou a
fraude na licitação e a nulidade dos contratos”.
Segundo a assessoria de imprensa da Eletronuclear, os
contratos que resultaram em fraudes foram firmados em 2014 e suspensos pela empresa no ano seguinte, quando as obras de Angra 3 foram mais uma vez
paralisadas. Na época, a Eletronuclear era presidida pelo contra-almirante
Othon Luiz Pinheiro da Silva, que foi preso na Operação Lava Jato sob a
acusação de receber propina no esquema das obras.
“A Eletronuclear busca
ressarcimento pelas fraudes nos contratos de montagem eletromecânica de Angra 3
por meio de ação própria. Os valores serão determinados em perícia técnica a
ser realizada no âmbito do processo”, informa a assessoria.
Angra 3 faz parte do
pacote do Acordo Nuclear Brasil Alemanha, firmado pelo general Geisel, em 1975.
A usina tem 62% das obras civis concluídas e praticamente todos os equipamentos
comprados, estocados em Angra. Para terminar a unidade, o governo precisa de
cerca de R$ 15 bilhões. Sem dinheiro em caixa, busca parcerias internacionais.
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