sexta-feira, 5 de julho de 2019

Eletronuclear entrega relatório sobre Angra 3: China, França, Coreia do Sul, Japão, Rússia e EUA estão no páreo


A Eletronuclear realizou, nos últimos meses, o processo conhecido como “market sounding”, com o objetivo de avaliar as condições de mercado para a escolha do modelo de participação de um parceiro privado na conclusão da usina nuclear Angra 3. O relatório sobre o processo foi enviado ontem (04/07) à Eletrobrás e ao Ministério de Minas e Energia (MME). Também será encaminhado ao comitê do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que definirá o modelo a ser adotado. Participaram do processo os paises China, França, Coreia do Sul, Japão, Rússia e Estados Unidos.  

As obras da usina foram paralisadas em setembro de 2015 por falta de recursos financeiros, em função da descontinuidade das liberações do financiamento para bens e serviços locais concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas também por conta das denúncias de corrupção, na operação Lava-Jato. 

Hoje, segundo a Eletronuclear, estão sendo executadas atividades de preservação das instalações do canteiro de obras e das estruturas e equipamentos da usina.  O cronograma atual considera o reinício das obras para junho de 2021. Caso isso se concretize, a usina ficaria pronta em janeiro de 2026. O valor total previsto de investimentos diretos para Angra 3 é aproximadamente R$ 21 bilhões. Desse montante, em torno de R$ 7 bilhões já foram gastos. O progresso físico global do empreendimento é de 62%. 

O valor anual gasto para a manutenção dos equipamentos em depósito é de R$ 3 milhões por mês. 

Angra 3 tem potência de 1.405 MW e vai gerar energia suficiente para atender 4,45 milhões de pessoas. Com a entrada em operação da usina, a energia gerada pela central nuclear de Angra será equivalente a 68% do consumo do estado do Rio, além de 6% do consumo do país.

EQUIPAMENTOS: Os equipamentos de Angra 3 vêm sendo mantidos sob “rigoroso esquema de preservação” em almoxarifados no próprio sítio da usina e nas instalações da Nuclep. “Eles são embalados em folhas de alumínio, selados a vácuo e com controle de umidade. Tanques e vasos de pressão são preservados com gás inerte. Os materiais estocados ao tempo estão revestidos com película protetora”, informa a empresa. 

Sobre a segurança dos equipamentos, informa também que são feitas inspeções periódicas, com as seguintes atividades: substituição de proteções, desumidificadores, graxas e óleos; manutenção da documentação; segurança industrial; proteção contra incêndio; inspeções e auditorias independentes, por exemplo.

Um comentário:

  1. Tânia, como sempre, antenada! Obrigada por nos manter informados com seriedade sobre tema relevante como é a energia nuclear em seus meandros internacionais ou locais. Parabéns!

    ResponderExcluir

Em destaque

Bomba atômica! Pra quê? Brasil e Energia Nuclear - Editora Lacre

O livro “Bomba atômica! Pra quê? Brasil e Energia Nuclear”, da jornalista Tania Malheiros, em lançamento pela Editora Lacre, avança e apr...