A Eletronuclear realizou, nos últimos meses, o
processo conhecido como “market sounding”, com o objetivo de avaliar as
condições de mercado para a escolha do modelo de participação de um parceiro
privado na conclusão da usina nuclear Angra 3. O relatório sobre o processo foi
enviado ontem (04/07) à Eletrobrás e ao Ministério de Minas e Energia (MME). Também
será encaminhado ao comitê do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que
definirá o modelo a ser adotado. Participaram do processo os paises China, França, Coreia do Sul, Japão, Rússia e Estados Unidos.
As obras da usina foram paralisadas em
setembro de 2015 por falta de recursos financeiros, em função da
descontinuidade das liberações do financiamento para bens e serviços locais
concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Mas também por conta das denúncias de corrupção, na operação Lava-Jato.
Hoje, segundo
a Eletronuclear, estão sendo executadas atividades de preservação das
instalações do canteiro de obras e das estruturas e equipamentos da usina. O cronograma atual considera o reinício das
obras para junho de 2021. Caso isso se concretize, a usina ficaria pronta em
janeiro de 2026. O valor total previsto de investimentos diretos para Angra 3 é
aproximadamente R$ 21 bilhões. Desse montante, em torno de R$ 7 bilhões já
foram gastos. O progresso físico global do empreendimento é de 62%.
O valor
anual gasto para a manutenção dos equipamentos em depósito é de R$ 3 milhões
por mês.
Angra 3 tem potência de 1.405 MW e vai gerar energia suficiente para
atender 4,45 milhões de pessoas. Com a entrada em operação da usina, a energia
gerada pela central nuclear de Angra será equivalente a 68% do consumo do
estado do Rio, além de 6% do consumo do país.
EQUIPAMENTOS: Os equipamentos de
Angra 3 vêm sendo mantidos sob “rigoroso esquema de preservação” em
almoxarifados no próprio sítio da usina e nas instalações da Nuclep. “Eles são
embalados em folhas de alumínio, selados a vácuo e com controle de umidade.
Tanques e vasos de pressão são preservados com gás inerte. Os materiais
estocados ao tempo estão revestidos com película protetora”, informa a empresa.
Sobre a segurança dos equipamentos, informa também que são feitas
inspeções periódicas, com as seguintes atividades: substituição de proteções,
desumidificadores, graxas e óleos; manutenção da documentação; segurança
industrial; proteção contra incêndio; inspeções e auditorias independentes, por
exemplo.
Tânia, como sempre, antenada! Obrigada por nos manter informados com seriedade sobre tema relevante como é a energia nuclear em seus meandros internacionais ou locais. Parabéns!
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