As paradas para a troca de combustível ocorrem uma vez por ano em todas as usinas nucleares, informou a empresa, gestora das centrais atômicas, além de Angra I; Angra II, em funcionamento, e Angra III, com obras paradas desde 2015. O combustível será pago com a receita de venda de energia, informou a empresa. O custo total da parada, incluindo mão de obra, ficará em torno de R$ 80 milhões; enquanto o custo de uma recarga é de aproximadamente R$ 188 milhões.
O descarregamento do núcleo do reator (troca de combustível) começa efetivamente às 22h do dia 3 de novembro. O recarregamento será iniciado às 14h do feriado da Proclamação da República, dia 15 de novembro.
O
tempo da operação total para descarregar 121 elementos combustíveis é de 48
horas. A fabricação dos elementos combustíveis é composta das seguintes etapas: mineração do urânio, quando é produzido o yellowcake; por conta da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende (RJ); além da conversão para o gás hexafluoreto de urânio; enriquecimento; e a reconversão do gás em pó. Finalmente, a produção das pastilhas e a fabricação dos elementos combustíveis, também pela INB.
Nem tudo é realizado no Brasil. A conversão do urânio é feita atualmente na OREO (ex-Areva) e o enriquecimento, na Urenco, consórcio de empresas na Inglaterra, Holanda e Alemanha.
Ao mesmo tempo, o governo trabalha para que a vida útil de Angra I seja prorrogada por mais 20 anos. A empresa norte-americana Westinghouse, que vendeu
a usina para o Brasil na década de 70, foi contratada para participar do
trabalho de avaliação, que deve durar até 2019. Há cerca de duas décadas, a
projeção era de que a unidade atômica funcionaria até 2018. Nos últimos cinco anos foram investidos US$ 27
milhões na modernização do empreendimento.
Angra
I produz o equivalente a 10% da energia consumida na cidade do Rio de Janeiro,
quando funciona gerando 100% de sua potência, 640 Megawatts. No passado recente, Angra I era conhecida como “vagalume” por ter sido desligada cerca de 30 vezes para a troca de
combustível, por problemas técnicos e defeitos em equipamentos, mas desde a década de 90 tem registrado "excelente desempenho", segundo gestores do sistema elétrico.
Só uma observação< desculpem-me a ignorância no assunto, mas...por que enriquecemos urânio no Brasil? Em que a "trilogia" Angra I, II e III contribui para nosso país, em termos energéticos?...
ResponderExcluirVamos encaminhar a sua pergunta a INB. Obrigada por acessar o nosso BLOG.
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