A Eletronuclear, gestora das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, em funcionamento) e Angra 3, com obras paradas, anunciou no final da tarde desta terça-feira (25/11) o novo presidente interino da companhia, Alexandre Caporal, após a renúncia há cerca de um mês de Sinval Zaidan Gama, também interino, que acumulava o cargo com a de diretor técnico. Alexandre Caporal, que já respondia pela diretoria financeira da empresa e estava como presidente substituto desde o início do mês.
A reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para decidir sobre a retomada ou não as obras de Angra 3 está prevista para acontecer em breve.
A diretoria técnica foi assumida por Raphael Ehlers dos Santos, eleito em votação do conselho de administração da Eletronuclear no final de outubro, no dia 21 de novembro. Com a alteração, fica modificado também o Conselho Fiscal da empresa, até então presidido por Ehlers. A vaga de Ehlers será ocupada pelo suplente, Cristiano Augusto Trein. A presidência do CF ainda não foi definida.
O Comitê Estatutário de Acompanhamento do Projeto da Usina Termonuclear Angra 3 (COANGRA) também passou por uma reforma com a renúncia de seu coordenador, Armando Casado, no dia 18. Os outros integrantes do comitê permanecem os mesmos e ainda não foi divulgado qual deles assumirá sua coordenação, informou a companhia. Os outros conselhos e diretorias da Eletronuclear seguem sem alterações.
DESTINO DE ANGRA 3
A reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para decidir sobre a retomada ou não as obras de Angra 3 estava prevista para acontecer este ano.
A usina começou a ser construída em1984. Consumiu R$ 8 bilhões e depende de mais R$ 22 bilhões para entrar em operação. No último dia 4/11, a Eletronuclear enviou ao Ministério de Minas e Energia (MME), o resultado do estudo atualizado sobre a modelagem econômico-financeira de Angra 3, elaborado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com os números do levantamento encomendado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), concluir a usina é a opção mais lógica e benéfica para o Brasil.
O MME remeteu os estudos ao CNPE, que decidirá pela conclusão ou não da usina em reunião com realização prevista ainda em 2025. O tema já foi debatido pelo CNPE em três oportunidades desde 2024 — em dezembro de 2024, fevereiro de 2025 e outubro de 2025 — ocasiões em que houve voto favorável à conclusão do empreendimento proferido pelo presidente do Conselho, o ministro de Minas e Energia, seguido, contudo, de pedido de vista coletivo pelos demais conselheiros.
“A entrada em operação comercial da usina está prevista para 2033. Os resultados do estudo reafirmam as conclusões apresentadas em 2024, mantendo-se dentro dos limites esperados de revisão e preservando a mesma ordem de grandeza entre os cenários de continuidade e de abandono do projeto”, segundo a Eletronuclear.
(FOTOS: Eletronuclear) –
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