segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Usinas nucleares de Angra desligadas; sem alterar geração de energia elétrica do sistema nacional

 


O Sistema Integrado Nacional (SIN) está operando sem a participação das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, desligadas para a troca de combustível entre outras ações, divulgadas pelo blog, conforme informações da Eletronuclear. Os desligamentos foram acordados com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e não afetam a geração de energia.

Desde 24/9, cerca de dois mil profissionais trabalham na operação de Angra 2; enquanto Angra 1, que foi deligada sábado (28/10), conta com 1.300. A companhia informou mês passado que previa o retorno de Angra 2 ao SIN em 30 dias, o que ainda não ocorreu. Já Angra 1, deve permanecer parada por cerca de 50 dias. Angra 1 tem capacidade de produzir 650 Megawatts (MW), quando opera 100% sincronizada ao SIN, o equivalente a 10% da energia consumida na cidade do Rio de Janeiro. E Angra 2, 1.340 MW, ou seja, 20% da energia. 

ANGRA 1: REATOR NORTE-AMERICANO - 

Nesta parada da usina norte-americana, comprada da Westinghouse na década de 70, além da troca de um terço do combustível (urânio enriquecido), serão realizadas cerca de 4.800 tarefas. Entre os profissionais, há brasileiros e estrangeiros. Dessa vez, o tempo de parada será um pouco maior, visto que também serão executadas atividades que já estão na programação da extensão de vida útil da usina por mais 20 anos. 

Angra 1 foi inaugurada em 1981, ou seja, nove anos após o início de sua construção, mas só entrou em operação comercial em 1985. A usina parou várias vezes por problemas técnicos, ações judiciais, entre outros.  

ANGRA 2 – REATOR ALEMÃO - 

As principais ações previstas nesta parada são a revisão do gerador elétrico principal, a inspeção do vaso de pressão do reator e a troca de combustível. Entre os especialistas envolvidos, estarão cerca de 1300 pessoas contratadas exclusivamente para as tarefas, 500 empregados da Eletronuclear e 200 estrangeiros. Mais de cinco mil outras atividades também estão sendo realizadas. 

“Essa é uma oportunidade para realizar a manutenção e inspeção de equipamentos que não podem ser isolados durante a operação da usina, e também a substituição de 52 - de um total de 193 - elementos combustíveis no núcleo do reator”, informou o superintendente da usina, Fabiano Portugal. 

A Eletronuclear não informou o valor do investimento em recursos humanos, inclusive os 200 contratados no exterior; nem o valor do combustível pago à Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Há cerca de cinco anos, o valor era de aproximadamente R$ 280 milhões. Angra 2 é a primeira usina de um pacote de oito centrais atômicas, que faz parte do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha, assinado pelo general Geisel, em 1975. 

Angra 2 começou a ser construída em 1981, mas teve o ritmo das obras desacelerado a partir de 1983, devido a diversos problemas, parando de vez em 1986. A unidade foi retomada no final de 1994 e concluída em 2000, entrando em operação comercial em 2001. 

FOTO: CENTRAL NUCLEAR - ELETRONUCLEAR - 

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