A recusa de profissionais e demoras para garantir o transporte de materiais radioativos, como os usados em diagnósticos e tratamentos médicos de combate ao câncer, foram alguns dos temas discutidos na 67ª Conferência Geral da Agência Internacional de Energia atômica (AIEA), na sede da entidade, em Viena, na Áustria, de 25 a 29/9. O fato mundial, pouco conhecido da sociedade, pode gerar problemas graves como o adiamento e cancelamento de procedimentos por falta do material médico radioativo.
O evento contou com a presença do diretor geral da AIEA, embaixador Rafael Mariano Grossi, considerada uma manifestação de apoio aos países que se unem para encontrar uma solução para o problema, esforço global promovido pela Austrália, segundo informações da Agência. “Produtores de radiofármacos (medicamento com material radioativo) ficam reféns”, comentou um técnico da Agência, reiterando que o problema afeta todo o mundo e que precisa de solução rápida para que materiais que demandam tanta complexidade não passem do prazo de validade por falta de transportadores, inclusive os aéreos.
Também foi pauta do evento a realização de missão internacional de auditoria no país, como a Integrated Regulatory Review Service (IRRS), “durante as quais a AIEA manifestou a sua intenção de esclarecer os aspectos necessários para a execução de tal atividade no futuro, incluindo uma visita de seus oficiais ao Brasil, para apresentações relacionadas ao tema”, conforme divulgação da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que participou do evento.
O chefe da delegação brasileira, embaixador Carlos Cozendey, afirmou que o Brasil está atento ao problema. “O Brasil está continuamente comprometido em manter altos padrões de segurança em todas as atividades do seu setor nuclear”.
Também participaram a diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear (DRS) da CNEN, representada pelo diretor, Alessandro Facure, e pelo servidor Ricardo Gutterres; os chefes do departamento de Salvaguardas da AIEA, Massimo Aparo; do departamento de cooperação técnica da IAEA, Hua Lin; e o da Divisão de Cooperação Técnica para a América Latina e o Caribe, Raul Ramire, além da diretora da Divisão de Segurança de Instalações Nucleares da AIEA, Anna Hajduk Bradford.
FOTO: CNEN-
COLABORE COM O
BLOG – CINCO ANOS DE JORNALISMO INDEPENDENTE – CONTRIBUA COM O NOSSO TRABALHO
FAZENDO UM PIX: 21 996015849 – CONTATO:malheiros.tania@gmail.com.
Nenhum comentário:
Postar um comentário