sábado, 19 de agosto de 2023

Justiça condena grupo acusado de ofender Fernanda Giannasi, premiada ativista na luta pelo banimento do cancerígeno amianto

 


A auditora fiscal e engenheira civil Fernanda Giannasi, a mais importante, atuante e premiada ativista na luta pelo banimento do amianto (mineral cancerígeno), está definitivamente livre de processos que envolvem as campanhas difamatórias promovidas contra ela pelo Instituto Brasileiro do Crisotila, Sindicato dos Trabalhadores da Mineração de Minaçu e, principalmente, pelo jornalista Luiz Carlos Bordoni. A decisão foi tomada pelo Colegiado da 5ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. Giannasi é uma das fundadoras da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (ABREA) e recebeu vários prêmios, entre eles, o “Faz a Diferença”, do jornal O Globo, em 2017.

 O Colegiado negou todos os recursos dos réus. Assim, foi mantida a condenação ao pagamento de indenização por danos morais nos termos da sentença noticiada anteriormente. 

“Para mim, nesta ação, o objetivo principal não era relacionado aos ganhos financeiros, mas que meus detratores parassem de desmoralizar a nossa luta para banir o amianto no Brasil, utilizando-se dos mais vis mecanismos, como: ameaças, chantagens, chacotas, insinuações caluniosas, mentiras e ataques pessoais à minha honra”, declarou Fernanda Giannasi. 

MILITÂNCIA - 

Por conta de sua reconhecida militância em favor do banimento do amianto na América Latina, Fernanda Giannasi passou a sofrer sucessivos ataques caluniosos e difamatórios de lobistas ligados à exploração econômica do amianto, mineral reconhecidamente cancerígeno para os seres humanos. As ofensas foram veiculadas em sites on line, programas televisivos e em boletins informativos do Sindicato dos Trabalhadores da Mineração de Minaçu / Goiás e do Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC), financiado pela indústria do fibrocimento e, especial, o grupo ETERNIT, e no blog do jornalista goiano, Luiz Carlos Bordoni. 

Adjetivos ofensivos à profissional, que tem uma vida dedicada à saúde dos trabalhadores como auditora-fiscal do Ministério do Trabalho por 30 anos, foram usados, tais como “ilegal”, “irresponsável”, “autoritária”, “mentirosa” e “leviana”, voltados à sua conduta à frente da fiscalização das empresas usuárias de amianto, afirmando inclusive que a auditora teria incorrido em “desvio de função” e em “quebra de hierarquia”. Entre as ofensas, o jornalista Luiz Carlos Bordoni, que trabalha para a indústria do amianto, passou até a comparar a profissional com o Ministro da Propaganda nazista, Joseph Goebbels. A decisão da Justiça foi divulgada no último dia 30. 

FOTO – ACERVO PESSOAL – 

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