A Eletronuclear anunciou nesta quinta-feira (10/08) que cerca de 60 instituições com centenas de profissionais do município, Estado e Governo Federal, vão participar do exercício simulado de emergência nuclear em Angra dos Reis, de 15 a 18 deste mês. É uma operação complexa, que envolve várias entidades civis e militares. Mas os funcionários da companhia (exceto operadores das usinas nucleares) fizeram manifestação e entraram em greve ontem, quarta-feira. Eles querem o cumprimento de acordos trabalhistas firmados m 2020 e 2021. Segundo lideranças sindicais, a perda é de 4,18%.
“A Eletronuclear mantém diálogo com sindicatos para fechar acordo coletivo”, anunciou a companhia. E ressaltou: “em primeiro lugar, as negociações seguem em curso com os sindicatos representantes dos empregados para o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2023-2024”. Ontem, a companhia reconheceu que em assembleia, os empregados da sede da Eletronuclear, no Rio de Janeiro, decidiram fazer uma paralisação de 48h, a partir desta quarta-feira (9), enquanto que os trabalhadores de Angra dos Reis resolveram parar por tempo indeterminado.
“A companhia respeita o direito de greve dos profissionais”, acrescentou a Eletronuclear. “É importante frisar que a paralisação não afeta a operação nem a segurança das usinas da central nuclear de Angra, visto que as atividades essenciais estão mantidas”., garantiu em nota. Mas manteve a informação sobre a realização do exercício nuclear simulado na próxima semana.
Com o nome oficial de Exercício Geral Integrado de Resposta à Emergência e Segurança Física Nuclear, visa avaliar a “eficácia da estrutura de resposta, validar planos, identificar aspectos a melhorar e consolidar os procedimentos previstos” no Plano de Emergência Externo do Estado do Rio de Janeiro (PEE/RJ) para a Central Nuclear. O exercício, segundo a Eletronuclear está voltado para “a proteção da população, do meio ambiente, das usinas nucleares e seus trabalhadores”.
O simulado começa na próxima terça-feira (15/8), às 10h, com cerimônia de abertura do exercício, na sede da Defesa Civil Municipal, seguida de outras atividades. Nos dias 16 e 17 serão realizadas atividades práticas simuladas, como ativação do sistema de alerta e alarme por sirenes; remoção aeromédica de radioacidentado para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro; distribuição de kits de iodeto de potássio; abrigagem de ilhéus; evacuação de parcela da população residente nas Zonas de Planejamento de Emergência 3 e 5; coleta de amostras de solo, ar, água e vegetação no Bracuí, na Vila Histórica de Mambucaba e em Tarituba; evacuação marítima na Praia Vermelha, entre outras. “O cenário é composto por eventos que possibilitem atingir as diversas classificações de emergência e níveis de segurança física nuclear”, informou a companhia.
Ainda no dia 17, o general Marcos Antonio Amaro dos Santos, ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR), e sua comitiva estarão em Angra dos Reis para acompanhar o exercício. Estão previstas visitas aos hospitais de campanha, à central nuclear e ao Centro de Coordenação de Comando e Controle (CCCEN). À tarde, o ministro fará um sobrevoo de helicóptero na área de operação do exercício. No dia seguinte, haverá a avaliação do exercício. coordenado pelo GSI, que é o órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron).
FOTO: Manifestação de servidores em greve.
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