segunda-feira, 10 de julho de 2023

Ministro Alexandre Silveira garante ao prefeito de Caldas que rejeitos radioativos de São Paulo não vão para Minas

 




O ministro de Minas e Energia, o mineiro Alexandre Silveira, garantiu ao prefeito de Caldas (MG), Ailton Goulart, que as cerca de 4,7 mil toneladas de rejeitos radioativos gerados na extinta Usina de Santo Amaro (USAM), da Nuclemon, sucessora da Orquima, no Brooklin, há décadas, não serão transferidos para a cidade, como vinha sendo cogitado pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Lá, a INB mantém instalação que foi mina de urânio, desativada desde 1982, além de uma unidade abarrotada de tambores com material radioativo transferidos “na calada da noite” da Nuclemon para Caldas.

Esse grande negócio que enriqueceu muita gente no passado, provocou a morte de centenas de operários, que manusearam material radioativo, sem ter o menor conhecido sobre a gravidade do que faziam. Em 2006, os sobreviventes fundaram a ANTPEN - Associação Nacional dos Trabalhadores da Produção Nuclear – que luta pelas vítimas até hoje não indenizadas. 

O prefeito de Caldas disse ao BLOG que esteve com o ministro na sexta-feira passada em Brasília, e que a reunião foi extremamente positiva. “O Ministro disse que junto a INB vai procurar um outo local para o armazenamento dos rejeitos que estão em São Paulo, porque não faz sentido trazer o material para Caldas. Ele é mineiro. Senti firmeza”. comentou o prefeito. 

DEPÓSITOS EM SP

A Unidade em São Paulo está instalada numa área de 60 mil metros quadrados, em Interlagos, armazena 1.179 toneladas de materiais, dentre os quais se encontram Torta II, equipamentos, peças e ferramentas da Nuclemon. Todo o material está guardado em bombonas plásticas, caixas metálicas, tambores metálicos e contêineres marítimos. A empresa INB afirma que áreas externas da Unidade: 24 mil metros quadrados estão prontos para serem entregues à Prefeitura de São Paulo.

 Também no estado de São Paulo, a INB possui a Unidade de Estocagem de Botuxim (UEB), localizada no município de Itu. Em uma área de 300 mil m², o Sítio São Bento abriga 3.500 toneladas de Torta II armazenadas em sete silos. 

FOTO: Ministro - Acervo MME - 

COLABORE COM O BLOG -CINCO ANOS DE JORNALISMO INDEPENDENTE - CONTRIBUA - PIX: 21 99601-5849 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Em destaque

Bomba atômica! Pra quê? Brasil e Energia Nuclear - Editora Lacre

O livro “Bomba atômica! Pra quê? Brasil e Energia Nuclear”, da jornalista Tania Malheiros, em lançamento pela Editora Lacre, avança e apr...