A usina nuclear Angra 1 foi desconectada do Sistema Interligado Nacional (SIN), nesta quarta-feira (19), às 14h32. Segundo a Eletronuclear, “o episódio é resultado do desarme do reator ocorrido durante teste de operabilidade das barras de controle”. A companhia garante que “não houve qualquer tipo de risco para os trabalhadores da empresa, população e meio ambiente”. A unidade foi estabilizada na condição de desligada quente.
Popularmente, a usina foi batizada de “Vaga-lume” pela quantidade de vezes que foi desligada. Quando opera 100% sincronizada ao sistema elétrico, gera 654 Megawatts, o equivalente a 10% da energia elétrica consumida da cidade do Rio de Janeiro, que entra no Sistema Integrado Nacional.
MAIS 20 ANOS -
Angra 1 foi comprada em 1970 da norte-americana Westinghouse. Depois de uma série de adiamentos, a central nuclear foi inaugurada em 1981. Outros entraves fizeram com que a usina entrasse em operação comercial em 1985. Em 1994, preia-se que Angra 1 poderia durar 24 anos, ou seja, até o ano de 2018. Hoje, a usina está sendo preparada para durar mais 20 anos.
Em março deste ano, o prefeito Fernando Jordão cobrou explicações do presidente da estatal, Eduardo Grand Court, sobre vazamento de água radioativa ocorrido na usina em setembro do 2022, noticiado pelo jornal O Globo. “Em nenhum momento fui informado sobre o caso, nem a Defesa Civil ou o Centro Integrado de Informações Estratégicas em Saúde. As responsabilidades precisam ser apuradas.”
Em situações como esta, a notificação é compulsória e imediata, mas a estatal demorou 21 dias para comunicar ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), consta na nota divulgada pela Prefeitura. “Além disso, a Eletronuclear primeiro negou o vazamento, mas depois admitiu que cerca de 90 litros de água contaminada escorreram para o mar”.
FONTE: Acervo Eletronuclear –
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