O Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) completa 51 anos nesta terça-feira (21/3) e para comemorar a data será organizada uma solenidade no auditório Rex Nazaré Alves, às 10h, na sede da instituição, na Avenida Salvador Allende, 3.773, Barra da Tijuca, Rio. Serão homenageados servidores com mais de 45 anos de serviços prestados à instituição e ex-dirigentes, por sua contribuição à história do IRD. Estarão presentes para receber a distinção Anna Maria Campos de Araújo, Eliana Amaral e José Marcus Godoy. Na sequência, a pesquisadora da Divisão de Física Médica do IRD Ana Cristina Murta Dovales fará palestra sobre uso, benefícios e riscos dos diagnósticos médicos por imagem. Serão abordados os benefícios desses procedimentos, assim como os efeitos biológicos e potenciais riscos à saúde resultantes da exposição à radiação.
Na quarta-feira (22/3), o pesquisador do IEN Cláudio Márcio do Nascimento Pereira fala sobre a evolução da inteligência artificial e suas diversas aplicações na solução de problemas na área nuclear. Serão abordadas aplicações em IA em projeto, operação e segurança de reatores; conjuntamente com aplicações de técnicas nucleares e em problemas relacionados ao meio ambiente, entre outros.
No dia 23/03, quinta-feira, a exibição do filme Síndrome da China, produção de 1979 ganhadora de quatro Oscars que retrata um acontecimento irregular em uma usina nuclear e uma investigação em busca dos fatos. Uma introdução ao filme e uma discussão após a exibição será conduzida por Raul dos Santos, chefe da Divisão de Atendimento a Emergências Radiológicas e Nucleares do IRD. O filme é anterior ao acidente nuclear de Three Miles Island, nos Estados Unidos.
USO, BENEFÍCIOS E RISCOS DOS DIAGNÓSTICOS MÉDICOS POR IMAGEM -
A apresentação da pesquisadora Ana Cristina Murta Dovales, da Divisão de Física Médica do IRD, durante a solenidade de abertura pelas comemorações dos 51 anos do IRD, dia 21/03, vai abordar o uso da radiação na área médica, com destaque para os procedimentos de diagnóstico por imagem, que vêm sendo cada vez mais utilizados, contribuindo com uma parcela significativa da exposição à radiação da população em todo o mundo. Serão abordados os benefícios desses procedimentos, assim como os efeitos biológicos e potenciais riscos à saúde resultantes da exposição à radiação ionizante. A importância da proteção radiológica será destacada, com menção as contribuições do IRD nessa área. Também serão apresentados o padrão e tendência de uso desses procedimentos no Brasil, com ênfase no impacto causado pela pandemia de COVID-19.
EVOLUÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E SUAS APLICAÇÕES NA ÁREA NUCLEAR -
A apresentação do pesquisador Claudio Márcio Pereira, do Instituto de Engenharia Nuclear, no dia 22/03, às 10 horas, abordará as aplicações da Inteligência Artificial (IA) na solução de problemas na área nuclear. Será destacada a importante evolução das principais técnicas utilizadas e o impacto causado na área. Serão abordadas as aplicações de IA em projeto, operação e segurança de reatores; conjuntamente com aplicações de técnicas nucleares e em problemas relacionados ao meio ambiente, entre outros. Técnicas como a Computação Evolucionária e as Redes Neurais Artificiais estarão em foco. Será discutida a influência da evolução do aprendizado de máquina desde o início dos anos 2000 até a era “Deep Learning”. Para finalizar, será discutido, com visão pessoal do palestrante, o possível impacto do fenômeno chatGPT na área nuclear.
O INSTITUTO DE RADIOPROTEÇÃO E DOSIMETRIA -
O IRD começou como um pequeno laboratório da PUC-Rio, em cuja direção estiveram Edgard Meyer e Anna Maria Campos de Araújo, liderando apenas quatro servidores. Calibrar monitores de radioproteção e realizar monitoração ambiental eram as tarefas. Em 1969, o INCA doou ao laboratório o primeiro irradiador de cobalto para calibração de dosímetros clínicos. Em 21 de março de 1972, o Laboratório de Dosimetria ganhou novas instalações na baixada de Jacarepaguá, Rio de Janeiro. Rex Nazaré Alves foi o primeiro diretor da instituição e se empenhou de forma incansável na implementação das instalações, que passaram a integrar a Companhia Brasileira de Tecnologia Nuclear. Em 1974, a instituição recebeu a atual nomenclatura, Instituto de Radioproteção e Dosimetria.
O IRD é uma instituição que atua em colaboração com universidades, agências governamentais e diversas organizações, formando pessoas, desenvolvendo pesquisas, tecnologias, metodologias, conhecimento científico ao alcance da sociedade. Oferece conhecimento técnico e mantém compromisso com sua missão de promover o uso seguro das radiações ionizantes no país. O conhecimento é disseminado por meio de cursos regulares, pós-graduação lato sensu em proteção radiológica e segurança de fontes radioativas, em parceria com a Agência Internacional de Energia Atômica; mestrado e doutorado em radioproteção e dosimetria e treinamentos, além de atuações de seus especialistas em comitês nacionais e internacionais, entre outras atividades.
A energia e dedicação de seu fundador, Rex Nazaré Alves, estão presentes nas atividades integradas em Dosimetria, Metrologia das Radiações, Física Médica, Radioproteção Ambiental e Ocupacional, Emergências Radiológicas e Nucleares. O instituto também recebe grupos em visitas técnicas às instalações e está aberto a parcerias e colaborações em prol dos avanços científicos, econômicos, sociais, ambientais. É dirigido, desde 2019, por Angélica Wasserman.
Foram diretores da instituição Rex Nazaré Alves; Dagmar Carneiro da Cunha Reis; Carlos Eduardo Veloso de Almeida; Anamélia Habib Mendonça; Laércio Antonio Vinhas; José Marcus Godoy; Eliana Corrêa da Silva Amaral; Luiz Fernando Conti; Dejanira da Costa Lauria; José Ubiratan Delgado; Renato Di Prinzio.
Leia no BLOG: Entrevista exclusiva com a niteroiense que comanda o IRD, publicada em 31 de março de 2022, nos 50 anos do Instituto. Leia também no BLOG outra exclusiva com o físico Rex Nazareth Alves, nos dias 25 de junho e 24 de julho de 2018.
FOTO: Acervo IRD –Informações Assessoria de Imprensa IRD -
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