Praticamente sem divulgação, o Porto do Rio de Janeiro sediou o Exercício de Segurança Nuclear em Porto (ESFPORTO 2022), no período de 23 a 25 de novembro. A ação foi coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR), além da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Coordenação de Enfrentamento ao Terrorismo da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal, Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), e dezenas de organizações públicas federais, estaduais e municipais, e algumas empresas privadas. No dia 17/11, outro exercício simulado - conforme a foto -, voltado para o derramamento de óleo combustível, mobilizou o Porto do Rio.
No exercício de segurança nuclear, a atividade foi realizada na modalidade “exercício de mesa”, em que situações fictícias foram analisadas pelos órgãos participantes, que operaram no Centro de Comando e Controle de Segurança Portuária (CCCSP) do Porto do Rio de Janeiro. Para o superintendente da Guarda Portuária, José Tadeu Diniz, além de treinar o pessoal para pronta-resposta diante de uma emergência nuclear em área portuária e promover a interação entre as instituições, o exercício é uma boa oportunidade para aprimorar a gestão de risco.
“Por meio dessa atividade, podemos identificar vulnerabilidades, conhecer as ameaças e adotar as boas práticas de prevenção. Sabemos que a probabilidade de ocorrer acidentes dessa natureza é muito baixa, mas devemos estar sempre preparados, porque as consequências seriam desastrosas para a população, o meio ambiente e a economia”.
CARGA NUCLEAR OU RADIOLÓGICA -
Segundo a gerente de Riscos de QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde) da Docas do Rio, Jussara Mendes, o exercício ocorreu conforme o planejamento. O ESFPORTO tem por objetivos testar a efetividade dos protocolos de atuação integrada, elaborados pela CONPORTOS e pela CESPORTOS-RJ, durante uma operação portuária com carga nuclear ou radiológica; propor aperfeiçoamentos aos referidos protocolos, a fim de utilizá-los como base em outros portos de interesse do Programa Nuclear Brasileiro (PNB); e testar a capacidade de comando e controle do Centro Integrado de Comando e Controle Regional.
DERRAMAMENTO DE ÓLEO COMBUSTIVEL -
Outro exercício simulado do plano de emergência do Porto do Rio mobilizou arrendatários e operadores portuários no dia 17/11. Foi um Exercício de Planejamento e Mobilização de Equipamentos do Plano de Emergência Individual (PEI). O simulado foi coordenado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), em parceria com os arrendatários e operadores portuários, com a participação do grupo Bravante-Hidroclean, responsável pelo Centro de Atendimentos a Emergências (CAE) do porto. A superintendente de Sustentabilidade do Negócio da Docas do Rio, Gabriela Campagna, informou que “para o simulado, os arrendatários e operadores escolheram a hipótese de derramamento de óleo combustível para que fossem treinados a atender a emergências de um acidente ambiental de grande monta”.
CENÁRIO HIPOTÉTICO - No exercício, foi abordado o cenário envolvendo a hipótese acidental. O gerente de Meio Ambiente da Docas do Rio, William Lobosco, descreveu o cenário hipotético: “No armazém 18 do Porto do Rio de Janeiro, durante manobra de atracação do navio CBO Cabrália com auxílio de rebocadores, devido a uma colisão com o cais, houve ruptura do costado e do tanque do navio, causando o vazamento instantâneo de até 400 m³ de óleo combustível MF-380 para o mar”.
Tudo está registrado em documento que contém as informações relativas às ações em casos de emergência de acidentes ambientais e descreve os procedimentos de resposta da instalação (portos organizados, instalações portuárias, terminais, dutos, sondas terrestres, plataformas e suas instalações de apoio, refinarias, estaleiros, marinas, clubes náuticos e instalações similares) a um incidente de poluição por óleo, em águas sob jurisdição nacional, decorrente de suas atividades.
FOTO: DOCAS – Simulado realizado em 17/11/2022 –
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