Tiros de bandidos disparados durante a passagem de comboio com
combustível (urânio) para a usina nuclear Angra 2, surpreenderam policiais e
integrantes da equipe, por volta das 12 horas desta terça-feira (19/3), na
Estrada Rio-Santos, altura do bairro do Frade, em Angra dos Reis. Em maio do
ano passado, o transporte do material teve problemas por conta da greve dos
caminhoneiros. Os fatos intensificam a possibilidade de o transporte ser feito via
marítima.
O prefeito da cidade, Fernando Jordão, comunicou ao governador Wilson Witzel, o risco que o transporte da carga correu.
Segundo a Eletronuclear, gestora das usinas, por precaução, e como contingência, policiais do Batalhão de Choque que acompanhavam o transporte se posicionaram às margens da rodovia, de forma a garantir a segurança do comboio, que não foi interrompido.
“Após a passagem do comboio, alguns bandidos, assustados com o forte aparato policial, chegaram a efetuar disparos contra uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os policiais revidaram, mas não houve feridos nem danos materiais”, informou.
A empresa admite em nota oficial que, se um tiro de arma de fogo conseguisse atravessar a proteção do contêiner, poderia danificar o combustível nuclear. Mas assegura que isso não colocaria em risco a população, nem o meio ambiente, porque o urânio contido em um elemento combustível está em estado natural, com o mesmo nível de radioatividade encontrado na natureza.
O carregamento chegou à central nuclear dentro do horário previsto, às 12h23. Para ser transportado de Resende – onde é fabricado pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) – a Angra dos Reis, o combustível nuclear é acondicionado dentro de contêineres metálicos especialmente fabricados para essa tarefa. Esses invólucros passam por testes de resistência contra quedas e incêndios o combustível nuclear.
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