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Indústrias Nucleares do Brasil (INB) retoma nesta quarta-feira (12/12) os
testes operacionais da planta química de beneficiamento nas rochas de urânio que
estão no pátio da empresa, em Caetité (BA). Segundo o presidente da INB,
Reinaldo Gonzaga, a retomada está sendo possível, a partir de autorização
concedida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). A unidade abrange
1.800 hectares.
Foram
investidos R$ 56 milhões nas obras realizadas visando à retomada da produção. Prevê-se
até 2025, a ampliação da capacidade de produção para 800 toneladas anuais, com
investimentos de R$ 571 milhões, valor este contemplado no Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC).
“Não
medimos esforços para chegar ao momento que estamos vivendo agora: voltar a
produzir após mais de três anos parados”, lembrou. A paralisação da jazida no
período de 2000 a 2015 gerou um prejuízo de RS 253.818.965,35, segundo o
presidente da INB.
A
operação de uma mina demanda uma série de processos juntos aos órgãos
ambientais, por exemplo. “Nesse período de 15 anos (2000 a 2015), através da
exploração a céu aberto da Mina da Cachoeira, a INB produziu 3.761.154 Kg de
U3O8, atendendo às necessidades de fornecimento de combustível para as Usinas
Nucleares Angra 1 e 2. Com o término da exploração a céu aberto, economicamente
viável, era necessário que se fizesse a exploração da lavra subterrânea da
referida mina”, informou. Mas “dificuldades no licenciamento deste tipo
exploração junto aos órgãos de licenciamento CNEN e IBAMA obrigaram a INB a iniciar
um novo processo (de licenciamento) para uma exploração a céu aberto, na Mina
do Engenho, cuja autorização foi obtida recentemente”, disse.
No
caso de Caetité, a previsão de retomada dos trabalhos, a partir desta
quarta-feira envolve uma série de etapas: inicialmente haverá o tratamento do
minério resultante do decapeamento. A partir de meados de 2019, os trabalhados
serão com o minério procedente da nova lavra propriamente. “A previsão para a
entrada efetiva em operação da unidade Caetité é a partir do início do
tratamento do minério proveniente da lavra, com a produção anual de 270
toneladas de U3O8”, estima Reinaldo Gonzaga.
O presidente
da INB avisou que esta produção (de concentrado de urânio) ainda não atenderá
totalmente as necessidades de Angra 1 e 2, mas permitirá uma economia com a
importação, da ordem de R$ 50 milhões.
Sobre
o que está sendo feito para prevenção de acidentes e segurança do trabalho, ele
informou que durante o processo de licenciamento da unidade junto à CNEN e ao
IBAMA são exigidos inúmeros planos de monitoração que garantam a total
segurança do trabalhador, do público e do meio ambiente.
A jornalista Tânia Malheiros se especializou no setor. Parabéns.
ResponderExcluirParabéns Tania por informar com precisão as atividades sérias, com responsabilidade e preocupação com o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil.
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