segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Produção brasileira de urânio enriquecido aumenta 25%


Com investimentos estimados em R$ 3 bilhões, para os próximos 15 anos, o governo inaugura no final do mês, a 7ª cascata de ultracentrífugas, na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende, da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), conforme o Blog antecipou em maio. Segundo especialistas do setor, haverá um aumento de 25% de produção de urânio enriquecido, permitindo a produção de cerca de 50% da demanda para  a recarga anual de Angra I.

No empreendimento já foram investidos cerca de R$ 560 milhões desde 2000, quando a INB assinou com a Marinha, acordo para receber a transferência dessa tecnologia.

A Marinha domina todo o processo de enriquecimento de urânio desde a década de 80, no Centro Experimental de Aramar, em Iperó (SP), que inseriu o Brasil no restrito Clube do Átomo. O Clube é integrado por poucos países, entre eles, Estados Unidos, Rússia, França, China, Japão, Irã, Paquistão, Inglaterra, Alemanha, Holanda e Índia.   

A parceria INB e Marinha visa a instalação de 10 cascatas de ultracentrífugas. A meta é atender a cerca de 70% da demanda de urânio enriquecido para a recarga de Angra I. A segunda fase prevê a instalação e o comissionamento de mais 30 cascatas de ultracentrífugas para abastecer as recargas de Angra II e Angra III, cujas obras estão paradas desde 2015.

Com esse passo, o Brasil permanece na mira das entidades internacionais que inspecionam os programas nucleares mundiais.

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