Os problemas de uma estrada com ponte em precário estado, que coloca em risco a vida de população, pode estar com os dias contados, conforme promessa do prefeito do município de Caldas (MG), Ailton Goulart (MDB), candidato a reeleição. Ele disse que depende de parceria com a direção da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), responsável por inúmeros problemas ambientais na região, gerados por contaminação de urânio em rios, bacias e barragens. O prefeito afirmou ao BLOG que esteve no local com técnicos da INB e que a Secretaria de Obras do município está providenciando maquinário como retroescavadeira hidráulica, pois pelo menos 250 caminhões de terra terão que ser retirados do local. “A INB terá que participar, pois causou prejuízos incalculáveis à nossa cidade”, comentou o prefeito. Desde a semana passada o BLOG tenta contato com a INB, que anunciou recentemente a injeção de R$ 70 bilhões em novos negócios em 15 anos.
PASSAGEM DE TRABALHADORES -
Moradores contataram a nossa reportagem e disseram que lama que toma conta do local pode provocar acidente. Segundo as denúncias, todos os dias passam pelo local ônibus transportando funcionários terceirizados da unidade da INB. A estrada está distante a 1.200 metros da portaria da empresa, em direção ao município, desde 1997, e suas condições vem piorando podendo provocar acidentes. Os moradores também afirmam que a INB teria que ter responsabilidade social com a vizinhança, mas tem alegado que o problema é da prefeitura.
A unidade de descomissionamento de urânio de Caldas, da INB, é fruto da extração de urânio desde a década de 70, quando o governo militar decidiu abrir uma mina, fechada na década de 90, conhecida como herança maldita. O local já contaminou rios e bacias com urânio, exige constantes vistorias da Agência Nacional de Mineração (ANM).
PROMESSAS EM EVENTO -
Há cerca de 20 dias, o presidente da INB, Adauto Seixas, anunciou durante a conferência Nuclear Summit, a criação da Superintendência de Novos Negócios e Minerais Estratégicos da estatal. Durante o painel “O ciclo do combustível nuclear”, Seixas, que comandou a unidade de Caldas por cerca de 40 anos, explicou que a criação da Superintendência é uma iniciativa alinhada ao planejamento estratégico do Ministério de Minas e Energia, que busca firmar o Brasil como player do setor nuclear no mercado internacional.
Ainda segundo o presidente da INB, a estatal preparou um pacote de projetos onde espera captar cerca de R$ 70 bilhões para a empresa em 15 anos.
(FOTOS - ESTRADA E PONTE) -
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