O ex-presidente da Eletronuclear, contra almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva e outros cinco executivos da estatal, deverão ter que devolver cerca de R$ 1 bilhão aos cofres públicos, para reparar os danos causados por corrupção. Eles foram denunciados nesta terça-feira (17/08) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro. Em 2015, todos foram presos e depois soltos, durante a operação Lava-Jato.
Eles foram acusados de saquear os cofres com recursos destinados às
obras da usina nuclear Angra 3, paralisadas desde então, por conta das denúncias.
A própria holding Eletrobras informou na época que investigações independentes
constataram desvio de dinheiro.
Considerado personagem chave na história do programa nuclear militar
brasileiro – que levou o Brasil a dominar o ciclo do combustível na década de
80 – Othon tem na bagagem todos os segredos do enriquecimento de urânio, que
pode levar o Brasil a fabricar a bomba, caso um dia faça esta opção.
O MPF denunciou o militar e o seu grupo que atuava na Eletronuclear
por supostos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro
em razão propinas no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos
(PROSUB). Othon sempre se defendeu alegando estar sendo perseguido por deter
conhecimentos preciosos na área nuclear. “O Brasil pode fazer uma bomba atômica
em uns quatro meses”, disse em 2017. FOTO: Othon Luiz Pinheiro da Silva - Reprodução de midias.
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