terça-feira, 16 de março de 2021

Presidente Bolsonaro participa de evento de entrega de equipamentos para usina Angra 3, sexta-feira

 


O presidente da República, Jair Bolsonaro, participa nesta sexta-feira (19/3) da solenidade de entrega dos dois últimos acumuladores da usina nuclear Angra 3, fabricados pela Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), para a Eletronuclear, gestora das usinas atômicas. Haverá também a inauguração de uma linha de produção de torres de transmissão de energia. O evento será realizado no parque fabril da Nuclep, em Itaguaí, às 10h. 

Os acumuladores de Angra 3 são tanques com 14,2 metros de comprimento e 22 toneladas, utilizados para fazer o resfriamento do sistema primário, onde fica o reator. Por isso, são estratégicos para garantir a segurança de uma usina nuclear. Esses equipamentos armazenam água pressurizada rica em boro, que neutraliza a reação de fissão nuclear que ocorre no núcleo. Em caso de emergência, sua função é injetar o líquido rapidamente no sistema primário para resfriar o reator. A água é descarregada de forma passiva, por ação da gravidade, sem a necessidade de energia elétrica. 

Angra 3 terá, no total, oito acumuladores. Todos foram produzidos pela Nuclep, assim como os demais grandes equipamentos da usina, incluindo o vaso de pressão do reator, os geradores de vapor, os condensadores e o pressurizador. 

Quando entrar em operação, Angra 3, com potência de 1.405 megawatts, terá capacidade de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o período, segundo a Eletronuclear. 

Com a usina em funcionamento, a central nuclear de Angra produzirá energia equivalente a 60% do consumo do estado do Rio de Janeiro. As obras da unidade estão previstas para serem reiniciadas em outubro, com conclusão estimada para 2026. 

TORRES DE TRANSMISSÃO - 

A estatal informou que a nova linha de produção da Nuclep fabricará todos os tipos de torres de transmissão e telecomunicação. O objetivo da empresa é atuar como uma fornecedora do setor energético nacional, contribuindo para o seu desenvolvimento. A previsão é produzir até 35 mil toneladas de estruturas metálicas anualmente, possibilitando a instalação de 1,5 mil km por ano em linhas de transmissão. 

O Ministério de Minas e Energia prevê a instalação de 55 mil km de linhas de torres de transmissão no Brasil até 2027. Com a perspectiva de absorver a grande demanda que existe nesse mercado, a Nuclep foca na redução de sua dependência de recursos da União. “O faturamento pode chegar a R$ 300 milhões até 2022. Uma expansão da capacidade produtiva para 60 mil toneladas anuais também está nos planos, mas vai depender da resposta do mercado”. 

Além de Bolsonaro, estarão no evento o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; e o governador em exercício do Estado do Rio, Cláudio Castro. Também participarão os presidentes da Nuclep, Carlos Henrique Seixas, e da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães. Local: Parque fabril da Nuclep (Av. General Euclydes de Oliveira Figueiredo, 200, Brisamar, Itaguaí. 

FOTO:  Acumuladores - Acervo Nuclep - 

Um comentário:

  1. Até parece que Angra 3 conseguirá produzir esse montante de energia, essa usina tem equipamentos enlacrados desde a década de 1970, equipamentos do acordo Brasil- Alemanha, porque não colocar isso na matéria tb? Logo depois que Angra 1 e 2 foram construídas várias paradas tiveram que ser feitas para reparar erros instalação. Com Angra 3 defasada não deverá ser mt diferente.

    Sou angrense e digo e luto para que este absurdo de usina não ocorra. Angra 3 NÃO!

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