Cerca de 1.600 toneladas de concentrado de urânio serão extraídas do complexo mineroindustrial na cidade de Santa Quitéria, no Ceará. O produto radioativo será convertido em hexafluoreto de urânio (UF6) no exterior, retornando ao Brasil para uso na fabricação do combustível para a geração termonuclear das usinas Angra 1, 2 e, futuramente, 3. O Projeto Santa Quitéria prevê a construção e a operação desse complexo, também com o objetivo de produzir anual de 500 mil toneladas de fertilizantes fosfatados e 250 mil toneladas de fosfato bicálcico (usado na nutrição animal).
A negociação visando o mega empreendimento deu mais um passo esta semana, com a assinatura de um memorando de entendimentos entre o Consórcio Santa Quitéria - formado pela empresa privada Galvani e a estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) - com e o Governo do Estado do Ceará. Eles destacaram os benefícios que a implantação do complexo mineroindustrial irá trazer para o Estado e o País. Trata-se de investimento de US$ 400 milhões, informaram, que vai alavancar a economia local após a pandemia.
PROJETO REPAGINADO -
Representando o Ministério de Minas e Energia na solenidade, a secretária adjunta de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Lilia Mascarenhas Sant'Agostino, comentou sobre a diferença dessa retomada para o que já foi tentado em outras ocasiões. "É um projeto repaginado, que sofreu uma revisão nos seus processos tecnológicos, propiciando uma melhor abordagem e melhor equacionamento do uso da água na região".
No acordo, as empresas que estão à frente do Projeto Santa Quitéria prometeram implantar o complexo mineroindustrial de lavra e beneficiamento de minério para a produção de fertilizante fosfatado e concentrado de urânio, criando cerca de 500 empregos diretos e 2 mil indiretos. Na etapa de construção serão 1,5 mil empregos. A massa salarial, segundo eles, que será gerada pelo empreendimento atingirá cerca de R$ 25 milhões por ano, o que fomentará a economia da região.
Os empreendedores do Consórcio Santa Quitéria prometeram realizar os estudos necessários para a obtenção do licenciamento do projeto, sendo todas as etapas informadas às autoridades estaduais. “Temos avançado muito no desenvolvimento do empreendimento. Será um projeto que buscará contribuir com o estado do Ceará, seja na geração de empregos e renda, bem como na construção de um complexo que será sustentável do ponto de vista socioambiental, permitindo que tenhamos oportunidade para todos”, afirmou Ricardo Neves, presidente da Galvani.
O Projeto Santa Quitéria foi incluído no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Seguiremos os trâmites dos processos de licenciamento e avançaremos para a construção de um complexo que será muito importante para o Brasil e para o Ceará”, garantiu o presidente da INB, Carlos Freire.
O governador do Ceará, Camilo Santana, (PT), reforçou os benefícios que o empreendimento trará para o estado. “Esse projeto é do Ceará, mas com certeza terá impacto em setores econômicos de todo o país. Esse era um projeto antigo que o Ceará almejava há muito tempo, e que vai gerar muito emprego e renda para o nosso estado. Vamos ter uma demanda importante na produção de fertilizantes e suplementos na alimentação animal, onde podemos ser autossuficientes”, disse o político.
FOTO: Diário do Nordeste.
Esse projeto é um absurdo, roubando a pouca água do povo cearense e acabando com a vida tradicional dos povos rurais desta localidade. O Brasil não precisa de minas que contaminam o meio ambiente. Deixem o urânio no solo. Basta de contaminações, a mina radioativa de Caetité contaminou o meio ambiente, famílias morreram. Basta. Xô nuclear!
ResponderExcluirEsse projeto é um absurdo, roubando a pouca água do povo cearense e acabando com a vida tradicional dos povos rurais desta localidade. O Brasil não precisa de minas que contaminam o meio ambiente. Deixem o urânio no solo. Basta de contaminações, a mina radioativa de Caetité contaminou o meio ambiente, famílias morreram. Basta. Xô nuclear!
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