quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

FATO RELEVANTE: Eletrobras se mantém garantidora de dívida bilionária de Angra 3, mas fica fora, caso o governo decida concluir a usina

 


Em "Fato Relevante” divulgado ao mercado nesta quinta-feira (5/12) a Eletrobras divulgou informações envolvendo negociações com o governo sobre a privatização da empresa, e que permanecerá como acionista e garantidora da dívida de R$ 6 bilhões da Eletronuclear, mas ficará desobrigada de fazer qualquer investimento adicional caso o governo decida concluir Angra 3.  

A dívida da Eletronuclear é junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal (CEF), e pode ser ainda maior quando os juros forem incluídos. Até o fechamento desta matéria, o presidente da Eletronuclear, o advogado Raul Lycurgo, não se manifestou sobre o fato relevante no portal da companhia. 

Na próxima semana o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), do Ministério de Minas e Energia (MME), em reunião ordinária, decidirá o destino de Angra 3; se a usina deve ou não ser concluída. Comprada no pacote do acordo nuclear Brasil-Alemanha, assinado pelo presidente da República, general Geisel, em 1975, Angra 3 está em obras desde 1984. 

A usina nuclear já consumiu cerca de R$ 8 bilhões e depende de mais R$ 21 bilhões, pelo menos, para ser concluída, segundo dados oficiais. 

INDAGAÇÕES - 

Em maio, o deputado Max Lemos encaminhou uma série de questionamentos ao ministro Alexandre Silveira sobre a Eletronuclear, como o desembolso de R$ 200 milhões a empresa francesa Framatome, amplamente divulgado pela imprensa. O deputado também queria saber: quantas consultorias prestam serviço a Eletronuclear e o valor gasto no último biênio; quantos escritórios de advocacia a companhia possui e seus contratos em vigor; se o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, é funcionário cedido pela Advocacia Geral da União (AGU), e em qual data houve a cessão. E ainda, em quanto reduziu a rubrica de pessoal, manutenção, serviços e operação; e se os ocupantes de cargos de ouvidor e coordenadoria de governança empresarial são preenchidos por pessoas com experiência comprovada nas funções. 

(FOTO: ABDAN)  -

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