O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), do Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu adiar a decisão sobre a retomada das obras de Angra 3. A reunião desta terça-feira (10) não chegou a um consenso sobre a emissão da outorga para a usina, diante das divergências dentro do governo sobre a continuidade das obras da central atômica. Houve um "pedido de vista coletivo" com a alegação de que seriam necessários estudos mais aprofundados sobre o impacto fiscal da conclusão da usina.
O Ministério de Minas e Energia defendeu a aprovação de uma resolução que liberava o empreendimento, mas a área econômica do governo se posicionou contra as obras por causa dos custos elevados. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não participou da reunião e foi representado pelo secretário-executivo, Dario Durigan.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, colocou a pauta em votação com orientação para aprovação. Contudo, definiu duas condicionantes à Casa Civil: a apresentação de um modelo aperfeiçoado para a governança da Eletronuclear e a elaboração de um estudo de novas fontes no financiamento, junto com os Ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento.
Um estudo realizado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) apontou que o investimento necessário para conclusão da usina será de R$ 23 bilhões. Já o custo para abandonar as obras ultrapassaria de R$ 21 bilhões. A tarifa da energia gerada está calculada entre R$ 650 e R$ 660 por MWH (megawatt-hora).
Angra 3 faz parte do pacote do acordo nuclear Brasil-Alemanha, assinado em 1975 pelo presidente da República, general Ernesto Geisel. A usina começou a ser erguida em 1984 e teve suas obras paralisadas diversas vezes. Angra 3 já consumiu R$ 8 bilhões.
(FOTO – ELETRONUCLEAR) - FONTES: AGÊNCIA INFRA E CNPE.
COLABORE COM O BLOG –
SEIS ANOS DE JORNALISMO INDEPENDENTE – CONTRIBUA VIA PIX: 21 99601-5849 –
CONTATO: malheiros.tania@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário