Um dos mais importantes defensores da paz mundial, Takashi Morita, último sobrevivente da bomba de Hiroshima, foi sepultado ontem (13/8), aos 100 anos, no Cemitério Congonhas, em São Paulo. A tragédia que abalou Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945, e Nagasaki, três dias depois, marcou profundamente a vida de Takashi Morita. Policial militar, ele sobreviveu a uma explosão que matou, na hora, entre 60 mil e 80 mil pessoas. Com a família, Morita se mudou do Japão para o Brasil aos 31 anos, e aos 60 se tornou grande defensor pela paz.
Em São Paulo, fundou a Associação de Sobreviventes da bomba atômica e começou a percorrer o país, contando a sua história e a destruição provocada pelas bombas atômicas norte-americanas. Os jovens sempre foram o alvo principal de Morita e a sua maior esperança, conforme tem sido registrado em suas entrevistas ao longo de décadas, que tornou o sobrevivente um símbolo de resistência e perseverança. Suas palestras e depoimentos impactaram várias gerações, ensinando sobre os perigos da guerra e a importância da coexistência pacífica.
Em sua contribuição para a paz e à memória histórica, a Escola Técnica Estadual (Etec) de Santo Amaro, criada em 2009, recebeu seu nome, em 2019, como homenagem ao sobrevivente. O falecimento de Takashi Morita é uma perda significativa, mas seu legado continuará vivo através das suas contribuições e memórias deixadas. "A história de Morita serve como um poderoso lembrete da fragilidade da paz e da necessidade constante de trabalhar para preservá-la. Enquanto nos despedimos desse herói dos tempos modernos, sua mensagem de paz e resiliência continuará ressoando por muitos anos".
(FOTO – Acervo Centro Paula Souza – Portal do Governo SP) - FONTE: SP notícias, Etec Santo Amaro, ANTPEN, G1) –
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