quarta-feira, 22 de maio de 2024

Porta-aviões nuclear dos EUA demanda medições de radiação no ar e nas águas da Baía da Guanabara

 


Atividades de medição de radiação no ar, na água e nos sedimentos marinhos da Baía de Guanabara estão sendo realizadas por conta do porta-aviões norte-americano de propulsão nuclear “George Washington” (US Navy), que está fundeado nas águas da Guanabara, desde a segunda-feira (20/5),  Os trabalhos de verificação radioativa começara anteriormente à chegada do navio e continuarão durante todo o período de fundeio, incluindo o dia após a sua partida, na sexta-feira (24/5). "O treinamento é importante diante de guerras reais ao redor do mundo". O secretário Naval de Segurança Nuclear e Qualidade (SecNSNQ), almirante de esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, informou que o objetivo é assegurar que não haja contaminação radiológica proveniente dos reatores nucleares do navio ou da água de resfriamento descarregada. Disse também que além do monitoramento ambiental, estão sendo realizadas medições radiológicas nos tripulantes licenciados do "George Washington", bem como nos materiais, lixos e águas servidas retirados do navio. 


Segundo ele, o protocolo, supervisionado pela SecNSNQ e pelo Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), visa garantir a segurança radiológica no meio ambiente do entorno das cidades do Rio de Janeiro e de Niterói”. O secretário adjunto de Segurança Nuclear e Qualidade, contra-almirante (EN) Humberto Morais Ruivo, informou que “as atividades de monitoração ambiental são a certeza de que tanto os Estados Unidos da América, responsável pela segurança de seus meios dotados com propulsão nuclear, assim como o Estado brasileiro, por meio de sua instituição normatizadora atribui atenção especial às medidas preconizadas para a segurança nuclear naval”. Acrescentou que a “importância da parceria estratégica mantida entre a CNEN e IRD com as organizações militares da Marinha responsáveis pelo setor nuclear”. 

Segundo o diretor do IRD, André Quadros, com todos os órgãos envolvidos, o Instituto realizou o rastreamento radiológico do em torno da embarcação, além de coleta de água e sedimentos da Baía da Guanabara para análise nos laboratórios do IRD. “Essa ação é fundamental para que juntos, SecNSNQ, CNEN e IRD, possamos garantir que a passagem do porta-aviões no Rio de Janeiro respeitou as medidas de proteção radiológica vigentes.” 

GUERRAS REAIS AO REDOR DO MUNDO - 

Segundo a Marinha, os treinamentos começaram com os navios ainda atracados, no dia 13 de maio, com a chegada do USCGC “James”, na Base Naval do Rio de Janeiro, em Niterói (RJ). Na fase marítima, que marcou oficialmente o início da comissão, foram realizados exercícios de qualificação de pilotos e das equipes operativas dos navios. Os testes de comunicações e manobras com navios e aeronaves, realizados pelas duas Fragatas brasileiras e os três navios norte-americanos, visaram testar e aprimorar a interoperabilidade das Forças envolvidas, elevando a capacidade de atuação conjunta, o entendimento mútuo e a pronta resposta em operações multilaterais. 

A “Southern Seas -2024” também contribuiu para a cooperação e a diplomacia naval entre os países, promovendo o intercâmbio entre “shipriders”, com o embarque de militares da USN nos navios brasileiros e de militares da MB nos navios estadunidenses, a fim de possibilitar a troca de conhecimentos entre as Marinhas. O Comandante do Grupo-Tarefa (GT) responsável pela operação, capitão de mar e guerra Caetano Quinaia Silveira, considerou que o objetivo do treinamento foi alcançado. 

“A possibilidade de operar com os norte-americanos foi uma oportunidade de treinamento imprescindível, uma vez que esses militares estão envolvidos em guerras reais ao redor do mundo”, acrescentou o Comandante, ao falar sobre a importância para a Marinha do Brasil em realizar um exercício com os EUA. Desde a segunda-feira (20/5) foi iniciada a fase de porto da Operação, no Rio de Janeiro (RJ). A Força-Tarefa norte-americana cumprirá os compromissos planejados para a sua estadia na cidade, onde permanecerá até o dia 24 de maio. Após essa data, dará continuidade à “Southern Seas – 2024”, navegando por outros países do continente sul-americano: Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai. 

Fonte: Agência Marinha de Notícias - 

COLABORE COM O BLOG - SEIS ANOS DE JORNALISMO INDEPENDENTE - CONTRIBUA VIA PIX: 21 99601-5849 - 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Em destaque

Bomba atômica! Pra quê? Brasil e Energia Nuclear - Editora Lacre

O livro “Bomba atômica! Pra quê? Brasil e Energia Nuclear”, da jornalista Tania Malheiros, em lançamento pela Editora Lacre, avança e apr...