A Eletronuclear vive um “estresse de caixa”, afirmou o administrador Alexandre Caporal que acaba de assumir a direção financeira da companhia, gestora das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2 (funcionando) e Angra 3, em construção desde1984. O anúncio da sobre Caporal no cargo foi feito hoje pela companhia, que nos últimos meses tem reconhecido o que não é novidade há bastante tempo: a empresa vem acumulando dívidas, sem ter condições de quitar dívidas relacionadas à produção do combustível (urânio enriquecido) para alimentar os reatores das usina atômicas, junto a Indústrias Nucleares do Brasil (INB), nem os juros de empréstimos devidos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal (CEF). Com ambos, a dívida chegava a R$ 6,6 bilhões, em 2021.
“Vejo minha chegada como uma grande oportunidade para contribuir na resolução do atual momento da empresa, que vive um estresse de caixa, e dar continuidade aos projetos prioritários e estruturais da companhia e do país, como a extensão da vida útil de Angra 1 e a conclusão das obras de Angra 3”, disse. E completou: “é um momento de necessidade de maior esforço de toda empresa e de seus acionistas para atingir a conclusão desses projetos significativos para o país”.
Os projetos são de sempre: a extensão da vida útil de Angra 1 deve abarcar cerca de R$ 3 bilhões hoje; e a conclusão de Angra 3, mais R$ 20 bilhões. Lembremos mais uma vez que Angra 1, segundo técnicos do setor, deveria ter sido fechada em 2018. Além disso, a licença para o seu funcionamento expira em dezembro.
EXPERIÊNCIA -
No campo acadêmico, Alexandre Caporal é graduado em administração pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre em administração de empresas com ênfase em finanças pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (IAG/PUC-RJ), além de possuir MBA In Company pelo Instituto Universitario de Posgrado (IUP) de Madri, na Espanha.
Segundo a Eletronuclear, Caporal possui ampla experiência no setor, com mais de duas décadas de atuação na área, sendo os últimos 17 anos com passagens pela Enel, Abengoa, Eneva, Neoenergia e Elera. Mas sem recursos, nada poderá fazer. A retomada das obras de Angra 3, depende também do aval o presidente Lula.
(FOTO: Eletronuclear) –
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