A usina Angra 1 foi reconectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), às 22h47 desta quarta-feira (27), após trabalhos de manutenção dos transmissores de fluxo de uma bomba de refrigeração e no sistema de instrumentação dos detectores de potência do reator, informou a Eletronuclear. Segundo a companhia, a central atômica passa por um processo de elevação gradual de potência antes de atingir 100%. Angra 1 foi desligada na terça-feira (26/3), quando sensores elétricos do equipamento emitiram um alerta como se a bomba de refrigeração não estivesse ligada, o que posteriormente foi verificado que não procedia. Dessa forma, o sistema automático de segurança desligou a usina preventivamente, segundo a companhia.
Angra I funciona comercialmente desde 1985. A atual licença de operação da unidade expira em dezembro de 2024. Segundo a direção da companhia, são necessários R$ 3 bilhões para o projeto de extensão de vida útil da usina por mais 20 anos, que já consumiu US$ 27 nos últimos cinco anos antes de 2018, conforme divulgado na época.
VIDA ÚTIL -
Em abril de 2018 o BLOG noticiou que Angra I, estava sendo preparada para ter vida útil prolongada por mais 20 anos. A empresa norte-americana Westinghouse, que vendeu a usina para o Brasil em 1970, havia sido contratada para participar do trabalho de avaliação, que devia durar até 2019, mas ocorre ainda hoje. Há cerca de duas décadas, a projeção era de que a unidade atômica estaria em funcionamento até 2018.
Como parte desse programa, foram realizadas várias substituições. Foram trocados os dois geradores de vapor e a tampa do vaso de pressão do reator, além do armazenamento da antiga. A tampa do vaso de pressão do reator e um mecanismo de inserção e extração das barras de controle foram fabricados pela empresa japonesa Mitsubishi Heavy Industries (MHI), que contratou a norte-americana Aquilex WSI Nuclear Services para realizar os serviços de troca, e a canadense Transco Plastic Industries, para fornecer o novo isolamento térmico. A empresa admitia naquela época que precisaria buscar recursos adicionais para viabilizar a extensão de vida de Angra 1, capaz de produzir 640 MW, quando funciona 100% sincronizada ao sistema elétrico.
(FOTO: Eletronuclear ) –
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