O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em conjunto com o Ministério de Minas e Energia (MME), lançou durante o Prospectors & Developers Association of Canada (PDAC), principal convenção de mineração e pesquisa mineral do mundo, realizada no último domingo, 3, em Toronto, o calendário de atividades do Fundo de Investimentos (FIP) em Minerais Estratégicos no Brasil, como urânio e terras raras. O anúncio foi feito presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na última semana.
O cronograma continua com um seminário, a ser realizado pelo BNDES em abril de 2024, para mobilização de potenciais gestores e investidores no Brasil. Em maio, está prevista a abertura da seleção pública dos projetos que se encaixam no escopo do financiamento. O resultado dos pedidos de financiamento deve ser anunciado em outubro.
“O fundo de minerais críticos reforça a estratégia do BNDES de atuar em parceria com a iniciativa privada na captação de recursos para uma área estratégica para o país. A liderança internacional do presidente Lula abriu uma janela histórica de oportunidades e a exploração sustentável dos minerais críticos será fundamental para colocar o Brasil na liderança global da transição energética”, ressaltou Mercadante.
O FUNDO -
O FIP Minerais Estratégicos irá mobilizar mais de R$ 1 bi, além de viabilizar novos empreendimentos de minerais considerados estratégicos para a transição energética, descarbonização e produção sustentável de alimentos, segundo o BNDES. De acordo com o plano de trabalho desenvolvido pelo BNDES, espera-se que o Fundo invista em 15 a 20 empresas com projetos de pesquisa mineral, desenvolvimento e implantação de novas minas de minerais estratégicos no Brasil.
O BNDES irá aportar até R$ 250 milhões no Fundo, com participação limitada a 25% do total, sendo esperados outros investidores nacionais e internacionais. A iniciativa prioriza os minerais para transição energética e descarbonização, sendo eles: cobalto, cobre, estanho, grafita, lítio, manganês, minério de terras raras, minérios do grupo da platina, molibdênio, nióbio, níquel, silício, tântalo, titânio, tungstênio, urânio, vanádio e zinco. Fosfato, potássio e remineralizadores, minerais fundamentais para a fertilidade do solo, também estão no rol de elementos abrangidos pelo fundo.
“Além de trazer investimentos e parceiros estratégicos, o fundo tem como objetivo estimular uma mineração sustentável. Seguindo os direcionamentos do presidente Lula, estamos focados na transição energética ao mesmo tempo que pensamos nas comunidades e no meio ambiente”, afirmou Silveira. “Ainda este ano, os projetos que corresponderem a todos critérios do BNDES estarão com o dinheiro para o desenvolvimento das atividades”, finalizou o ministro.
(FONTE: Agência BNDES de Notícias)
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