Desde janeiro de 1989, quando sirenes da usina Angra 1 foram acionadas por um raio, provocando pânico na população, as empresas responsáveis pela central nuclear de Angra dos Reis, buscam saídas para evitar que o problema se repita. Testes com sirenes estavam sendo feitos com alguma periodicidade, até antes da pandemia. E acabam de retornar. Mas nesta quarta-feira (10/5), a Eletronuclear informou que o "incidente com o raio ocorreu nas sirenes do Plano de Emergência Externo do estado do Rio de Janeiro (PEE/RJ). A companhia não negou o ocorrido, apenas se eximiu da responsabilidade no caso.
A Eletronuclear também garantiu que os testes das sirenes "nunca" foram interrompidos; "Todo dia 10, às 10h, é executado o teste sonoro. E diariamente, o teste silencioso", informou. Provavelmente, por ser silencioso, a população não ouviu e acredita que tenham parado durante a pandemia, comentaram moradores. A companhia também informou que os testes do PEL "ocorreram dentro da área de propriedade da empresa, no modo silencioso, e semanalmente, toda segunda-feira, às 11h, com todo sonoro". No release divulgado à imprensa ontem, a Eletronuclear não prestou essas informações, que foram solicitadas pelo blog no mesmo dia.
LICITAÇÃO - O blog também solicitou informações sobre o processo de aquisição das sirenes, em teste desde a segunda-feira (8/5): se houve licitação, quanto custaram, empresa fornecedora, entre outras, não divulgadas. Segundo a companhia, são informações estratégicas, que envolvem segurança.
NOVAS SIRENES -
Desde segunda-feira (8/5), portanto, estão em teste essas “novas sirenes de emergência instaladas na
Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), em Itaorna, e em Praia Brava,
uma das vilas residenciais da Eletronuclear. Ambas as localidades, por estarem
em áreas de propriedade da companhia, fazem parte do Plano de Emergência Local
(PEL), que é administrado pela empresa”. As simulações de emergência ocorrerão
ao longo desta semana com técnicos da Eletronuclear e representantes da empresa
fornecedora dos aparelhos.
O acionamento das sirenes não tem uma
hora programada, mas acontecerá em horário comercial. “Os novos
aparelhos são equipados com a tecnologia mais avançada disponível no mercado,
garantindo maior confiabilidade, disponibilidade e facilidade para atuação da
equipe do PEL. A modernização do sistema em Itaorna inclui a adição de uma
nova sirene, totalizando quatro no local, enquanto em Praia Brava serão
implantados dois novos equipamentos que substituirão a antiga comunicação
via carros de som’, informou a companhia.
A Central Nuclear abriga as usinas Angra 1, Angra 2, em funcionamento, e Angra 3, em construção, cujas obras estão paradas por determinação da Prefeitura de Angra, que exige uma série de providências à companhia.
FOTO: ABDAN -
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