Desligada no dia 16 de abril para a troca de combustível (urânio enriquecido), a usina nuclear Angra 1 foi reconectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) nesta terça-feira (18/5), à 1h55. A volta à operação acontece com três dias de antecedência em relação ao que foi acordado com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), informou a Eletronuclear.
Angra 1 entrou e operação em 1985 e segundo especialistas, já deveria estar em processo de desligamento há alguns anos. Mas a unidade está passando por inspeções para que possa ter vida útil prorrogada por mais 20 anos.
Enquanto esteve deligada, cerca de três 3 mil tarefas foram executadas na primeira usina nuclear, comprada dos Estados Unidos, no final dos anos 60. “Nos últimos dias, Angra 1 passou por revisão de vários transformadores; substituição do rotor da excitatriz do gerador elétrico principal; e do motor e a revisão dos selos de uma bomba de refrigeração do reator; inspeção visual de soldas do sistema primário; e remota das soldas externas do fundo do vaso do reator”, informou a Eletronuclear.
Como a parada foi feita durante a pandemia, a Eletronuclear tomou medida de distanciamento social: os trabalhadores, próprios e contratados, passaram por treinamento de prevenção ao coronavírus; e houve um grande esforço de comunicação das medidas preventivas, incluindo a preparação de uma cartilha.
O presidente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, disse porque a volta à operação de Angra 1 é importante agora: “O país está enfrentando uma crise hidrológica grave. Estamos entrando no período seco, que vai até novembro. Isso significa que a tendência é contarmos ainda menos com as hidrelétricas no futuro próximo. Nesse contexto, a geração de Angra 1 será fundamental para garantir segurança de abastecimento ao SIN”.
FOTO: Angra 1 - Acervo Eletronuclear.
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