Começa nesta terça-feira (23/2) o transporte da 26ª recarga de combustível (urânio enriquecido) para alimentar o reator da usina nuclear Angra 1, comprada da norte-americana Westinghouse, em 1970, que entrou em operação comercial em 1985.
A recarga é formada por varetas (conjunto de barras) com pastilhas de urânio enriquecido que sairão da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende, com destino à Central Nuclear de Angra.
Um comboio com veículos da Polícia Rodoviária Federal, Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), entre outros órgãos, acompanha o trajeto. A operação é de grande complexidade, principalmente agora em plena pandemia do coronavirus.
O segundo transporte com varetas que compõem a recarga está previsto para ocorrer no dia 26/1. Em março, nos dias 2, 5; 9, finalizando dia 12.
Em 2018, a recarga de urânio de angra 1 demandava cerca de R$ 268 milhões, incluindo o valor do transporte. segundo informou na época, a Eletronuclear, gestora das usinas. Angra 1 será desligada para receber a 26ª recarga.
Vale lembrar que a usina está sendo preparada para durar mais 20 anos. Há cerca de duas décadas a projeção era de que Angra 1 teria que ser desligada até 2018. Nos últimos cinco anos foram investidos US$ 27 milhões na modernização da usina.
ANGRA 2 –
A previsão é de que comece em abril o transporte da 17ª recarga para a usina Angra 2, comprada pelo acordo Brasil Alemanha, em 1975. A usina entrou em operação comercial em 2001. Angra 2 está sendo abastecida com o combustível que estava pronto para Angra 3, desde 2015.
ANGRA 3 -
Na ocasião, as obras da terceira usina foram paralisadas por conta de denúncias de corrupção que levaram à prisão diversos executivos e o ex-presidente da empresa, contra-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. Até o vice-presidente da República, Michel Temer, também foi preso na esteira das denúncias de uso de verbas públicas da usina em benefício próprio. Todos foram liberados depois.
Angra 3 poderá ter as obras retomadas este ano. Se tudo ocorrer como tem sido anunciado, a usina também comprada há pelo acordo há mais de 40 anos, será inaugurada em 2026. Face a tantos atrasos, nos bastidos, comenta-se que é melhor esperar para ver.
(FOTO: Acervo INB - Elementos combustiveis)
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